Com quase dois meses de greve, os peritos do INSS vem mantendo o atendimento parcial à população em Goiânia. Os médicos estão atendendo prioritariamente gestantes, idosos, deficientes e casos de urgência. A Justiça decretou a greve legal, mas determinou que 50% dos médicos não interrompessem o atendimento nas agências.

Em Goiânia o percentual está sendo mantido. “Normalmente a gente faz 600 perícias aqui em Goiânia por dia em todas as agências, e a gente tem feito a metade disso aí, 300 perícias estão sendo realizadas, e as outras 300 etão sendo remarcadas”, afirmou em entrevista à RÁDIO 730, o delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Ricardo Medeiros.

“Nós não tínhamos fila de espera para conseguir perícia em Goiânia até o início do movimento, ou seja, o tempo máximo variava de um a cinco dias na média das agências. Hoje, aqui em Goiânia, existe agência que está tendo marcação para daqui 45, 50 dias já”, complementou.

Negociações

Os peritos reivindicam maior segurança, melhores condições de trabalho e a volta da carga horária semanal de 30 horas. Atualmente, a categoria cumpre jornada de 40 horas semanais, segundo a Associação Nacional dos Peritos.

Ricardo Medeiros revelou que representantes da classe estiveram em Brasília para discutir o assunto, e entregaram uma proposta para o governo com algumas modificações, que não foram aceitas pelo INSS. Com o recuo do órgão, os peritos recorreram à Federação Nacional dos Médicos FENAM (Federação Nacional dos Médicos)

“A gente está torcendo para que o governo resolva logo essa situação para que a gente possa voltar a trabalhar o mais rápido possível e diminuir o transtorno para a população”, comentou Ricardo.