Na madrugada desta quarta-feira, 16, Tite pode estabelecer seu primeiro grande número no comando da Seleção Brasileira. Caso vença o Peru, o treinador conquistará a sexta vitória consecutiva em uma única edição das eliminatórias, feito realizado apenas por João Saldanha, técnico do Brasil de 1970.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de alcançar o recorde de um treinador histórico para o futebol brasileiro, Tite foi humilde e dividiu os méritos pelo precoce e meteórico sucesso à frente da Seleção, citando legados até de Dunga, seu criticado antecessor.

“Fico desconfortável quando personalizam situações. Há uma equipe de trabalho muito forte, participei de uma engrenagem, mas a essência é a qualidade dos atletas, confiança, trabalho deles nos clubes, direção que dá estrutura, torcida que apoia e dá carinho. Às vezes a gente superdimensiona porque as perguntas são individualizadas. O Renato Augusto estava no time, uma grande parte é de um legado anterior. O Fernandinho é um legado”, afirmou Tite.

O duelo com o Peru é o último do Brasil em 2016. Depois disso, a Seleção só tem compromissos marcados para o mês de março do próximo ano. Para encerrar a temporada, nada melhor que um triunfo que pode deixar a equipe na iminência de garantir a vaga ao Mundial de 2018.

Mas para isso, o Brasil precisa vencer o Peru, e o treinador já avisou que não será nada fácil. Ciente da dureza do confronto, Tite alerta para a necessidade de seguir jogando bem, tanto individual, quanto coletivamente.

“Quero deixar claro a qualidade do Peru, de seus jogadores, a vitória sobre o Paraguai. O Peru briga pela classificação, nós estamos em busca da classificação. Amanhã tem que ter uma marca: jogar bem. Esse desempenho individual e coletivo nos move para termos condições de consolidar, evoluir, errar, acertar, corrigir. Depois temos um planejamento para a sequência”, ponderou.

Sob o comando do Tite, o Brasil disputou cinco partidas, ganhou todas elas e subiu da sétima colocação para a liderança das eliminatórias. A coesão ataque-defesa também impressiona: a Seleção anotou 15 gols e sofreu apenas um.