A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta segunda-feira (5) mandados de busca e apreensão nas residências do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), além do ex-presidente da Câmara, o deputado federal Marco Maia (PT-RS).

O ministro e relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorizou os mandados para coleta de provas. Rêgo e Maia são suspeitos de cobrar propina de fornecedores da Petrobrás com o objetivo de impedir que fossem convocados para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Congresso Nacional, em investigações sobre a estatal em 2014.

À época, Rêgo ainda exercia o mandato de senador da República e era presidente da CPI da Petrobrás, mesma comissão da qual Maia era o relator. No último mês de maio, Zavascki já havia pedido a investigação dos dois baseada na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.

Ao abrir o inquérito, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que Delcídio narrou fatos que indicam crimes de corrupção passiva e concussão. A blindagem aos fornecedores da estatal teria sido combinada durante um almoço com o ex-senador Gim Argello (PTB-DF), que foi preso e condenado na operação suspeito de cobrar propina para impedir a convocação de empresário da CPI da petrolífera.

Em depoimento à PF, Gustavo Xavier Barreto, executivo da empreiteira Andrade Gutierrez e delator da Lava Jato, afirmou que Vital do Rêgo participou do almoço na casa de familiares de Argello.