A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a operação Metástase, sete estados brasileiros, entre eles, Goiás. O objetivo é combater uma quadrilha que explorava madeira do cerrado ilegalmente. A ação acontece no Dia Mundial do Meio Ambiente.
Um contingente com 400 policiais cumprem 48 mandados de prisão, 46 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. A operação é realizada em Goiás, Mato Grosso , Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Paraná. Todos os presos serão conduzidos para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Goiânia.
Em Goiás, 16 pessoas foram presas. Em torno de 150 pessoas envolvidas com o esquema devem ser ouvidas pela Polícia Federal. As empresas envolvidas serão multadas em aproximadamente R$ 60 milhões.
Os alvos da operação são funcionários e donos de madeireiras, carvoarias e siderúrgicas. De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha falsificava documentos exigidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para extração ilegal de madeira.
O delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Paes Sandre, conta que produtores rurais conseguiam licenças ambientais para produção de carvão, e então repassava os documentos a carvoeiros, que ‘esquentavam’ o produto oriundo de áreas irregulares. “Eles vendiam para as carvoarias, que aceitavam a carga ilegal,” destaca o delegado.
O procurador da República, Marco Túlio, estima que os danos causados ao meio ambiente supera R$ 500 milhões.
É provável que a Polícia Federal dê mais detalhes da operação em uma entrevista coletiva nas próximas horas.
