Um clique que pode salvar vidas. Assim é a “Missão Covid”, uma plataforma criada por quatro médicos para prestar atendimento gratuito a pessoas que apresentam sintomas da Covid-19 e não sabem se devem ou não se dirigir a um hospital, já que a recomendação, a priori, é ficar em casa para evitar a própria contaminação ou a disseminação da doença causada pelo novo coronavírus.

Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV nesta terça-feira (19), um dos fundadores, o cardiologista Leandro Rúbio, explica que a ideia surgiu no dia 20 de março, três dias depois da primeira morte registrada no Brasil.

“A gente estava muito inquieto, querendo ajudar de alguma maneira nosso país. Então a gente decidiu desenvolver essa plataforma que une solidariedade e voluntariado de um lado, e do outro a tecnologia e a inovação”, explica.

Além de Leandro Rúbio, fundaram a plataforma os médicos Rafael Brandão, Cristiano Kanashiro e Carlos Frank Júnior. Em funcionamento desde o dia 23 de março, a plataforma sem fins lucrativos já tem mais de 52 mil pacientes atendidos em consultas gratuitas. Brasileiros no exterior também conseguiram atendimento, em 64 países. Cerca de 15% dos pacientes orientados pela Missão Covid são encaminhados para uma unidade de saúde.

“Nosso projeto conta com mais de 30 voluntários, atrás da plataforma, montando. Advogados, administrador, desenvolvedor, assessoria de imprensa, um monte de gente. Mais de 1.050 médicos já se cadastraram para ajudar o nosso país. Já temos mais de 110 mil pacientes que se cadastraram na plataforma, por curiosidade ou para tirar alguma dúvida, porque ali a gente tem bastante conteúdo informativo”, esclarece.

Quem quiser se cadastrar, basta acessar o site missaocovid.com.br . Leandro Rúbio afirma que bastam 30 segundos para completar o cadastro e entrar na fila para receber o atendimento. Depois disso, o paciente recebe uma chamada de vídeo via WhatsApp.

“A gente funciona como se fosse um pronto socorro online. De um lado tem o paciente que passa por uma triagem, e do outro lado tem um médico que vai ajudá-lo naquele momento. É pontual”, reitera. “Nessa abordagem, a gente não receita remédio, não faz prescrição ou receita digital nem dá atestado, mas a gente resolve muito o problema do paciente orientando”, acrescenta.

O projeto, criado por uma startup de telemedicina, busca ainda mais parceiros e quem quiser ajudar pode se cadastrar no mesmo endereço missaocovid.com.br .

Assista à entrevista na íntegra a partir de 1h06m