A tragédia ocorrida no final da manhã desta sexta-feira (20) em uma escola particular no Conjunto Riviera em Goiânia só não foi maior porque o suposto atirador teve dificuldades em carregar um segundo pente de balas da pistola ponto 40 utilizada no crime.

Em entrevista exclusiva ao repórter Jerônimo Junio, da 730, o assessor de comunicação da Polícia Militar (PM) tenente coronel Granja, informou como o adolescente de 13 anos agiu dentro da sala do oitavo ano e disparou contra a turma.

“Por volta das 11h50 ele estava em sala de aula, sacou uma pistola e efetuou diversos disparos em sala de aula. Trata-se de um filho de um policial militar que utilizou uma arma da corporação. No momento em que fazia a troca do carregador, ele foi contido por funcionários, a professora e outros alunos. A fatalidade poderia ser ainda maior”, informou.

O tenente coronel Granja conta ainda qual foi o cenário encontrado pelos policiais ao chegarem na escola. “Quando os policiais chegaram, já iniciaram os trabalhos de primeiros socorros. Alguns alunos foram socorridos pelos pais e outros por socorro médico especializado. Foram seis adolescentes alvejados, dois morreram na sala”, relata.

A área foi isolada para aguardar a chegada da polícia técnico-científica que deverá iniciar os trabalhos de perícia, A polícia busca agora saber as reais causas do crime e como chegou a ter acesso à pistola. Equipes do Instituto Médico Legal (IML) chegaram à escola por volta das 14h para fazer a remoção dos corpos.

O adolescente suspeito de efetuar os disparos foi apreendido e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), no Setor Jardim Goiás.

Estado de saúde

Além dos dois adolescentes mortos, outros quatro ficaram feridos. Três foram encaminhados para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), e estão em estado grave. 

De acordo com a assessoria de comunicação da unidade, um menor de 13 anos, do sexo masculino, está consciente e respira de forma espontânea. Uma adolescente do sexo feminino, também de 13 anos, respira com ajuda de cateter de oxigênio. Uma segunda menina, cuja idade não foi divulgada, está intubada e sedada. Todos passam por avaliação multidisciplinar na Emergência do hospital.

Uma quarta vítima foi encaminhada para o Hospital de Acidentados e de acordo com informações preliminares, não corre risco de morte.