Durante evento que oficializou a pré-candidatura da deputada estadual Adriana Accorsi à prefeitura de Goiânia pelo PT, Paulo Garcia, em entrevista ao repórter Vinícius Tondolo, da Rádio 730, reforçou seu apoio à delegada e defendeu uma gestão feminina à frente da capital.

Ouça a entrevista na íntregra: {mp3}stories/2016/Abril/tondolo_paulo_garcia{/mp3}

“É uma militante de berço do PT, tem a história da família, do seu pai (Darci), que foi um grande prefeito. Conhece profundamente todo o desenvolvimento de todas as administrações petistas na cidade de Goiânia, mas tem história própria. É mulher, acho que é um momento muito oportuno para Goiânia ter, pela primeira vez, à frente da sua administração uma mulher, e tem também uma carreira profissional exemplar”, ponderou.

Sobre a imagem de sua administração à frente da capital, Paulo Garcia afirma que Goiânia é um ser vivo em transformação, e que nenhum administrador consegue fazer tudo o que gostaria na gestão goianiense.

“Ai daquele que imaginar que vai conseguir uma obra pronta e acabada, isso não é possível. As demandas são cotidianas, são diárias, os obstáculos a serem superados surgem a todo momento, não há como se fazer tudo o que se deseja, e não há como se fazer tudo o que é preciso”, afirmou.

Sobre uma possível especulação de sua saída do partido, o prefeito negou categoricamente, e foi contundente ao se referir aos antigos aliados peemedebistas, os quais romperam com os petistas na semana passada. “Em hipótese nenhuma. Eu sou um homem de um partido único. O PMDB é pagina virada. Não pode mudar a página, mas a história continua”, ressaltou.

Iris, Odebrecht e cargos do PMDB

Sobre a reportagem da revista Época que revelou um possível envolvimento do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), com operações da empreiteira Odebrecht na década de 80, Paulo Garcia preferiu se esquivar e disse não ter conhecimento das informações, e disse que nutre um respeito pelo peemedebista.

“Alguém me disse aqui quando eu cheguei, mas eu não tive acesso a essa reportagem, não tenho conhecimento ainda. Eu o respeito, mas naturalmente a posição que o PMDB tem apresentado à sociedade, não só em Goiânia mas em todo o país, é lamentável, é uma página triste da história desse partido”, comentou.

Sobre o fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter exonerado diversos cargos indicados pelo PMDB no governo federal, Paulo Garcia afirmou sem pestanejar fará o mesmo em relação à administração goianiense. “Não tenho a menor dúvida (que sim)”, concluiu.