Se o alvo do deputado estadual eleito Amauri Ribeiro (PRP) com as denúncias contra a Assembleia Legislativa era atingir a eleição da mesa diretora ele acertou a mira. No dia 7 de dezembro Amauri publicou um vídeo no Facebook, que já tinha mais de 41 mil visualizações nesta sexta-feira (21), revelando que a Assembleia Legislativa tem 95 pessoas contratadas na área de limpeza e manutenção, apesar de ter terceirizado o serviço.

A denúncia produziu uma discussão sobre a eleição do presidente da Casa, que ocorrerá em 1º de fevereiro, e o esquema de cargos e benesses que vêm se mantendo há pelo menos 20 anos. A Assembleia tem 13 diretorias (o governo de Ronaldo Caiado terá 17 secretarias), com salários médios de R$ 18,5 mil. Entretanto, os servidores efetivos que ocupam algumas dessas diretorias chegam a ganhar R$ 49 mil. O Legislativo tem apenas 360 cargos efetivos e 3.124 comissionados.

O deputado Álvaro Guimarães (DEM) lançou-se candidato a presidente logo depois da eleição, angariou apoio do governador eleito e de parlamentares de vários partidos. A questão levantada por Amauri Ribeiro fortaleceu a candidatura alternativa de Dr. Antônio, também do DEM. Este podcast analisa a necessidade de a Assembleia enfrentar esse assunto para dar uma resposta à sociedade, cortando desperdícios, benesses e revendo sua política de cargos e salários.

Esta semana também foi marcada pela primeira crise na formação do governo de Ronaldo Caiado, segundo tema do PodFalar, uma ideológica outra política. A ideológica ficou por conta da insatisfação de eleitores bolsonaristas de Caiado com a escolha de Fátima Gavioli para a Secretaria de Educação. Ex-secretária de Rondônia, ela é contra a ideologia de gênero, escola sem partido e questiona as escolas militares. Por fim, partidos e líderes políticos mostraram insatisfação com a falta de espaço na equipe de Caiado.