Como aumentar os investimentos para melhorar a qualidade do transporte na Região Metropolitana de Goiânia sem aumentar o valor da tarifa de ônibus que já custa 4,30 reais? Melhor, como fazer tudo isso e ainda reduzir esse preço? Esse milagre, digamos assim, é possível com o que os técnicos chamam de desoneração (redução) da tarifa e a mudança da gestão do transporte.

Este PodFalar #47 conversa com o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CDTC), Benjamin Kennedy, e o consultor em gestão, Jeovalter Correia, para detalhar a proposta que vão apresentar na reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), órgão máximo da gestão do transporte em 18 dos 20 municípios do entorno de Goiânia, nesta segunda-feira (17).

O estudo elaborado por Jeovalter prevê a criação de um fundo de transporte com recursos da criação de uma taxa de 5 reais sobre o licenciamento de veículos, além da receita com a cobrança de estacionamento em vias públicas em Goiânia e nas maiores cidades do entorno, o que renderia um orçamento de R$ 250 milhões por ano.

Jeolvater prevê duas destinações para esse recurso, parte seria revertida para cobrir o custo das gratuidades da passagem para idosos e portadores de necessidades especiais e parte para investimentos em corredores de ônibus, abrigos e renovação de frota. Esta é a equação que levaria ao resultado de tarifa mais barata e à melhoria da qualidade do transporte.

Benjamin Kennedy defende mudança no atual modelo de gestão de transporte para garantir a execução dessas propostas. Ele propõe o fortalecimento da CMTC, como órgão gestor e fiscalizador, e que a CDTC seja incorporada na companhia.

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