Na segunda-feira (10), o governador Ronaldo Caiado (DEM) desabafou em entrevista ao jornal Valor Econômico. Disse que a Secretaria de Privatizações do Ministério da Economia estava atrapalhando a oferta pública de 49% das ações da Saneago, autorizada pela Assembleia Legislativa no ano passado. Por isso, ele anunciou a suspensão da venda das ações por tempo indeterminado.

O governador estava frustrado, porque o adiamento reflete em seu único plano para ajustar as contas do governo, a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A venda das ações é uma das exigências da lei para o Estado aderir ao RRF. O pivô dessa crise foi o secretário de Privatizações, Salim Mattar, membro da equipe do ministro Paulo Guedes, que Caiado diz ser amigo. O deputado federal José Nelto (Podemos) procurou o secretário na quarta-feira. Combinou uma visita dele ao governador na quinta, mas Salim não apareceu.

O segundo assunto desse episódio é o retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa depois de quase dois meses de recesso. O ano passado terminou muito tenso. O governo perdeu cinco deputados de sua base aliada por discordância com a reforma da previdência e redução de benefícios trabalhistas dos servidores públicos. O novo ano começa com a pergunta: os desgarrados vão para a oposição ou voltarão para a base governista?

No quadro “Língua Solta” a ofensa do ministro Paulo Guedes às empregadas domésticas.

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