A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), apresentou, nesta segunda-feira (5), quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em aplicar golpes com venda de veículos pela internet.

De acordo com as investigações, Jhosefer Siqueira Santos, de 25 anos, Weber Lopes Camargo, de 30, Clemilson Franco de Camargo, 39, e Luan Jhemerson de Senna, 20, foram presos em flagrante pela prática de estelionato, utilizando sites como OLX, Facebook e o aplicativo Whatsapp, para aplicarem os golpes.

A chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes, Mayana Rezende, explica que um dos alvos da quadrilha era o usuário que tinha dificuldade de realizar um financiamento por conta de restrições junto ao sistema de proteção ao consumidor.

“Eles sempre se identificavam com o nome de Claudionor. Essa pessoa existe, mas até o momento não foi identificada nenhuma participação dele com o golpe. O que a associação criminosa fazia era usar o nome dele para negociar os veículos. Eles sempre ofereciam valores de mercado, mas falavam que a negociação não incluía consulta no SPC e, após o pagamento da entrada, o restante seria pago em várias parcelas, afixadas em notas promissórias”, explica.

Cerca de 27 pessoas registraram ocorrência contra a quadrilha. Os valores depositados na conta dos golpistas variavam de R$ 300 a R$ 2,5 mil. Segundo a delegada Mayana Rezende orienta os consumidores para que não caiam neste tipo de golpe.

“Ficar com um pé atrás nestas negociações feitas pela internet, porque nunca se sabe com quem se está negociando do outro. A partir do momento em que há interesse em fechar uma venda dessa forma, primeiro se deve marcar um encontro com essa pessoa. Segundo, ver o veículo, checar, ver se realmente tem esses dados que aquela pessoa está informando. Sobre a questão do sinal, ou seja, o valor da entrada, tentar extrair mais informações do vendedor mais garantias ou até mesmo a apresentação do CRV para que você possa fazer esse pagamento a título de entrada”, reitera.

Segundo a delegada, ainda há a possiblidade de surgirem vítimas de outros estados, e que as investigações continuam a fim de prender outros integrantes da associação criminosa. Os suspeitos foram presos nos Setores Balneário Meia Ponte e Urias Magalhães, em Goiânia. 

Com informações do repórter Jerônimo Junio