A Polícia Civil do Estado de Goiás concedeu entrevista no auditório da sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), na manhã desta quinta-feira (16), para dar mais detalhes do trabalho que foi realizado para a prisão de Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26, apontado como o assassino em série que vinha aterrorizando a cidade de Goiânia.
O delegado Deusni Aparecido Silva Filho foi o responsável pela apresentação, que além da imprensa, contou com a participação de familiares de vítimas de Tiago, policiais civis e alguns curiosos.
Os dados apresentados pela polícia confirmaram que Tiago revelou ter matado 39 pessoas, sendo 16 casos investigados pela força tarefa para apurar crimes contra mulheres em Goiânia, oito moradores de ruas e outros 15 homicídios que ainda estão sendo investigados. Para o delegado Deusni “o número de vítimas pode ser bem maior”.
A Polícia Civil apresentou o revólver que foi apreendido na casa de Tiago, a moto que ele utilizava para cometer os crimes e uma capa vermelha que o rapaz usava para disfarçar a cor do veículo.
No momento em que policiais levaram Tiago para apresentar à imprensa, vários familiares das vítimas se manifestaram, chamando o vigilante de assassino, covarde e outros adjetivos. Cercado por homens do Grupo Especial da Polícia Civil, o homem não disse nada. Ele usava um colete balístico.
Durante a apresentação, o delegado Deusni demonstrou chateação com alguns veículos de imprensa, que segundo ele teriam questionado a capacidade de investigação da polícia goiana. Ele também refutou as críticas de que a apresentação do assassino em série tenha cunho político. “Nós não trabalhamos para fazer política, mas para fazer investigação. É para isto que somos pagamos”, disse.