A Polícia segue a investigação da morte do prefeito de Matrinchã, Daniel Antônio de Souza (PTB) e sua esposa, Elizeth Bruno de Bastos, que foram encontrados assassinados na porta de sua casa, na manhã da última terça-feira (04). Novas informações foram colhidas e a investigação começa a definir suas linhas.
O delegado de Itapirapuã, Paulo Roberto Tavares, que também responde por Matrinchã, revela que a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) está descartada. “Latrocínio está descartado, porque não roubaram nada”, declara.
Ele revela também outros detalhes importantes: “O que muda um pouco a conotação é que achávamos que eles haviam sido vítimas de tiros, porém, a perícia avaliou que foi usado arma branca. Tudo indica que foram degolados. Há também indícios de esmagamento no crânio. Ou foi um tiro ou um objeto ponto. Mas vamos esperar os laudos do IML para ter certeza”.
Os corpos estão no IML de Goiânia, onde serão periciados. Com o possibilidade de latrocínio descartada, o delegado Paulo Roberto destaca quais são as outras vertentes sobre o assassinado do prefeito de Matrinchã e sua esposa.
“Uma vertente é que tenha sido crime político, mas é algo que nós não cremos como causa principal. Vamos avaliar outras situações até porque colhemos algumas informações com terceiros. Procuramos se ele tinha algumas dívidas ou negócios inacabados, por exemplo. Algumas declarações de populares dão conta que ele recebia muita pressão pela política, mas ainda não sabemos se chegou a ser ameaças”.
O caso foi repassado à Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC), em Goiânia. O delegado titular da DEIC, Cléber Toledo, já visitou Matrinchã recolher materiais que possam servir como prova e para conversar com a população. O inquérito tem até 30 dias para concluir a investigação.
*Com informações de Cecília Barcelos