Foi realizada na madrugada de sexta a reconstituição do assassinato do advogado Davi Sebba. O procedimento durou mais de seis horas. Tanto a defesa dos militares como a do advogado ficaram satisfeitos com o resultado da investigação. As cinco testemunhas do caso (três policiais, um empresário e uma vendedora de água de côco) foram ouvidas separadamente, antes da reconstituição.
O advogado Davi Sebba foi morto no dia 5 de junho, dentro de seu carro, no hipermercado Carrefour, na Avenida T-9, na Vila União. Ele estaria vendendo maconha para um empresário do ramo farmacêutico, quando ambos foram interceptados por três policiais militares e morto pelo soldado Jordão.
A dúvida que a polícia técnica científica tenta elucidar é se os policiais militares seguiram o procedimento padrão da corporação para este tipo de abordagem. Na reconstituição, foram usados um pacote de maconha e outro objeto, que o suposto comprador não soube dizer se era uma arma.
O advogado dos três militares envolvidos, Roberto Rodrigues, saiu satisfeito da reconstituição. De acordo com ele, todas as etapas seguiram exatamente o que os seus clientes haviam relatado. Para Roberto, a coincidência no depoimento dos militares e a reconstituição mostram que, os policiais seguiram o procedimento padrão da Polícia Militar.
Com o mesmo sentimento ficou o advogado da família, Manoel Bezerra da Rocha, advogado da família de Davi Sebba. Para ele, a descrição feita pelo empresário deveria ser relevada, pois ele passa por um período psicologicamente complicado. O defensor conclui que a reconstituição comprovou contradição entre os depoimentos dos militares. Ele ainda criticou o delegado que cuida do caso, Paulo Roberto Tavares de Brito, que não aproveitou nenhum de seus pedidos para verificar as filmagens realizadas por uma câmara que estaria no posto de combustível do supermercado.
A polícia técnica científica tem um prazo de 10 dias para terminar o relatório. Mas pode haver um pedido de prorrogação por mais 20 dias.