A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (23), a Operação “Guia” resultado do trabalho da Força-Tarefa Previdenciária no Estado de Goiás, composta pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal que conta com 100 Policiais Federais e 4 servidores da Previdência Social, para cumprir 11 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão. Também serão cumpridas ordens de bloqueio de contas bancárias.

As investigações, que tiveram início em setembro de 2009, constataram a atuação de dois grupos criminosos nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Um dos grupos criminosos tinha como modus operandi o aliciamento de servidores do INSS com a finalidade de “criar facilidades” para concessão de benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez para pessoas que não detinham os requisitos legais para percebê-los.

O segundo grupo criminoso especializou-se na criação de vínculos empregatícios falsos, por meio de transmissão de dados à Previdência Social via GFIPWEB. Com isso, proporcionavam que seus clientes acrescentassem junto aos bancos de dados da Previdência Social tempo de serviço que, na realidade, não possuíam, com a finalidade de obtenção de benefícios previdenciários. Além disso, providenciavam a falsificação de documentos públicos e privados.

Num período de seis meses de investigação foram identificados 150 benefícios previdenciários com indícios de irregularidades, intermediados pelas duas organizações criminosas, o que ocasionou prejuízo aos cofres públicos num montante estimado de R$ 3.302.297,61.

Estão sendo presos nesta quinta-feira (23), 5 servidores da Previdência Social, 01 servidor da Receita Federal do Brasil, 01 contador e 06 intermediadores de benefícios previdenciários. As ações são realizadas nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Hidrolândia e Nova Crixás/GO.

O nome “GUIA” é uma alusão ao tipo de fraude detectada no início das investigações, qual seja, a inserção de vínculos empregatícios fraudulentos por meio de transmissão de dados pela internet, via GFIPWEB.

Fonte: Assessoria de Imprensa da PF