A Polícia Civil de Goiás desarticulou uma quadrilha considerada a maior organização criminosa presa no Estado. 16 pessoas faziam parte do bando. A estrutura e forma de atuação dos acusados eram bem complexas.Duas pessoas, Vânio Rodrigues Sardinha, e Flávio Silva Vilela, estavam reclusos na Casa de Prisão Provisória por terem cometido vários crimes, principalmente roubo.

 

De lá, eles davam ordens a Sérgio Maurício Teixeira, que comandava o restante da quadrilha, e de acordo com a Polícia Civil, teriam roubado somente este ano, de 50 a 60 carros na capital, que eram trocados por drogas. O responsável pelas investigações adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Gleidson Costa Carvalho, detalha o modo de atuação da quadrilha e acredita que a desarticulação poderá refletir no número de roubo de carros em Goiânia.

“Até o momento temos identificado 16 membros dessa quadrilha. Ela vinha sendo coordenada de dentro do presídio, onde presos que ali estavam tendo acesso a telefone celular e organizando a prática de roubos de veículos e clonagem dos mesmos na parte externa. Fora havia despachantes que eram encarregados de fabricar documentação e a placa que seria colocada no veículo, e os que eram responsáveis a conduzi-los até Mato Grosso e transportar a droga de volta”, detalha.

“Eles podem ter levado para o estado do Mato Grosso cerca de 50 a 60 veículos roubados, que foram trocados por drogas”. O bando estava sendo investigado a cerca de quatro meses, e a quadrilha foi desarticulada quando uma carreta contendo 2.200 kg de maconha estava deslocando para uma fazendo alugada pelo grupo em Silvânia.

Três pessoas foram detidas em flagrante por policiais civis que estavam monitorando a carga.Os demais integrantes detidos foram presos por meio de mandados de busca, no entanto quatro pessoas ainda estão foragidas. O acusado Orley Geraldo de Oliveira, que alega ser o dono da carreta argumenta que não sabia da existência da droga.

“Eles carregaram e eu estava aqui em Goiânia”.A operação foi denominada “Escambo”, devido esta ser uma prática de troca sem a utilização de dinheiro, mas que tem alto valor agregado, como neste caso, carros e drogas. O diretor geral da Polícia Civil, Edemundo Dias, aponta os desdobramentos deste caso.

“Uma quadrilha altamente perigosa que inclusive nós estamos avaliando ainda os desdobramentos disso em relação a latrocínios que poderão vir outros componentes da quadrilha que serão identificados nesta operação, que é considerada a maior da história da Polícia de Goiás”, relata. A Polícia acredita que o prejuízo da quadrilha com o desfecho desta operação tenha chegado a R$ dois milhões.