A polícia francesa segue com as buscas, neste sábado (10/1), de Hayat Boumeddiene, envolvida nos atentados de Paris e companheira de Amedy Coulibaly, segundo o jornal francês Le Figaro. Hayat é suspeita de matar uma policial em um tiroteio em Paris na quinta-feira e de participar do atentado em um mercado no leste de Paris na última sexta-feira, ao lado de Coulibaly. Após a ação da polícia, ele foi morto, além de quatro reféns. Ainda segundo o Le Figaro, em 2014, Hayat conversou por telefone 500 vezes com a esposa de Chérif Kouachi, um dos supostos autores do atentado ao jornal Charlie Hebdo. 

Segundo a imprensa francesa, Hayat mantinha um relacionamento com Coulibaly desde 2010. Acredita-se que ela tenha recebido treinamento jihadista em Cantal, uma região montanhosa no suk da França. Segundo o jornal Le Monde, ela já foi interrogada por autoridades antiterrorismo em 2010 e relatou que praticou tiro durante uma visita ao extremista Djamel Beghal, em Murat.

Vigilância constante 

O presidente da França, François Hollande, elogiou a ação das forças de segurança que resultou na morte de três suspeitos de terrorismo, pouco depois das 17h de hoje (14h no horário de Brasília). Dois deles atacaram, quarta-feira (7), o semanário satírico francês Charlie Hebdo e um fez cinco reféns, hoje (9), em um supermercado judeu. Os dois atentados acabaram com 19 mortos e 20 feridos.

O líder francês pediu “vigilância” à população, ressaltando a necessidade de os franceses serem “cautelosos” neste momento, mesmo com a segurança reforçada no país. Após três dias do atentado ao jornal, Hollande disse que o país “enfrentou”, mas “ainda não pôs fim, às ameaças de que é alvo”.

“A França, apesar de estar consciente de as ter enfrentado, apesar de saber que pode contar com as forças de segurança, com homens e mulheres capazes de atos de coragem e bravura, ainda não acabou com as ameaças”, enfatizou.

Correio Braziliense/Agência Brasil