A prova do Exame Nacional do ensino médio 2010 (Enem) será aplicada depois do segundo turno das eleições (31 de outubro), possivelmente no mês de novembro.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou ontem (11) em Belo Horizonte que a decisão de desistir de fazer uma edição do Enem no meio do ano foi tomada por questão de segurança, na tentativa de evitar fraudes ou vazamento da prova, como ocorreu ano passado.

Segundo Haddad, o Ministério da Educação (MEC) fez levantamento e concluiu que poucas instituições de ensino têm dois processos de seleção por ano. “Temos que ter cautela, os criminosos se organizam”, disse o ministro da Educação.

Segundo o ministério, o objetivo é diminuir riscos de fraude, já que nas eleições o esquema de segurança da prova – que conta com o apoio de PF, Correios e outros órgãos – ficaria reduzido. No ano passado, o MEC suspendeu a prova do Enem depois que o conteúdo das questões vazou. O caso é investigado pela Polícia Federal, que indiciou cinco suspeitos.

A maior diferença em relação à última prova será a introdução de língua estrangeira. Apesar de o MEC ter confirmado na última semana que o exame teria questões de inglês, espanhol e francês, o Inep estuda se cobrará o último idioma.

As instituições que optaram por usar a nota do Enem em vez do vestibular serão as maiores prejudicadas com a decisão de fazer uma única edição do exame, pois terão que planejar outra forma de ingresso. Haddad afirmou, durante evento na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que poucas universidades têm dois ingressos.

Fies

Haddad afirmou também que há possibilidade de estudantes que receberam auxílio do Programa de Financiamento Estudantil e estão inadimplentes renegociarem as dívidas. Ano passado, a Caixa Econômica Federal acionou cerca de 37.000 fiadores de universitários de baixa renda por inadimplência.