Após a realização dos 30 primeiros jogos do Campeonato Goiano, tivemos a paralisação por causa do carnaval. Uma sensata medida da Federação Goiana de Futebol após perder a concorrência da Copa do Brasil por datas durante os meses de março e abril. Aliado a este ponto, nas próximas cinco rodadas só teremos jogos aos finais de semana – importante medida para melhorar a competitividade das equipes nas demais rodadas do estadual.

Neste primeiro terço, a sensação ficou para o Goianésia do atacante Nonato. O Azulão tem feito boa campanha e chamado a atenção pela forma ajustada de atuar. Goiás sobra e pela estrutura e elenco, nada a surpreender. O Vila surpreendeu por ter um bom início que foi comprometido pela falta de um elenco. No lado negativo vejo o Atlético que não conheceu nenhuma vitória e vem de quatro empates seguidos e o Crac, que envolvido em uma disputa política, é o lanterna até o momento.

Sem grandes atrativos, grandes equipes ou disputas, grandes jogadores ou até mesmo modernos palcos, o público goiano teve sua ausência sentida. Preços de ingressos, estádios desconfortáveis, falta de segurança, chuva e por aí vai… justificativas são muitas e elas estão na ponta da língua. E a média nas seis primeiras rodadas tem sofrido oscilações nas últimas temporadas:

2008: 4626 torcedores por jogo

2009: 5223 torcedores por jogo

2010: 5648 torcedores por jogo

2011: 2882 torcedores por jogo

2012: 4576 torcedores por jogo

2013: 3535 torcedores por jogo

Neste último meio de semana tivemos uma das piores médias das últimas sete edições do Goianão. Com três jogos abaixo dos 1000 pagantes, a média despencou para 1450 apaixonados por estádio – destaque para os 35 pagantes que viram a vitória do Grêmio Anápolis e a demissão de Mauro Fernandes do Rio Verde.

Sem a promoção “Nota Show de Bola”, os estádios estão cada vez mais vazios. Esta que estava prevista para começar neste final de semana segue indefinida devido a burocracia necessária para implantação deste projeto e claro, aprovação da Assembleia Legislativa.

A TV paga pouco, os clubes sofrem com os horários lado a lado com os torcedores. Com os bons elementos apresentados pela Copa Nordeste, o assunto fim dos campeonatos estaduais ou uma revisão do formato vai ganhando força no interior do Brasil. Ou até mesmo pensando em excursões para outros países como tem feito o Atlético-PR. Afinal, são 18 rodadas ( quase 4 meses de jogos) para começar a valer de verdade.