É inegável o avanço e o crescimento do Atlético nos últimos seis anos. O Clube de uma situação de falência total de repente ressurgiu das cinzas e conquistou coisas que o mais otimista dos atleticanos jamais imaginaria num curto espaço de tempo.
 

O time disputou a segunda divisão do Campeonato Goiano e quando saiu dela já estava na final da primeira divisão. Nesse período o Atlético conquistou três vezes o titulo de campeão goiano e neste ano não conquistou o tri por mau planejamento e perdeu o titulo para o Goiás.
 
O Dragão disputou a terceira divisão do brasileiro e quando subiu para a Série B fez uma campanha inesquecível e passou como um raio pela segunda divisão e foi fazer parte da elite do futebol brasileiro.
 
Como um adolescente que tem sobre seus ombros uma responsabilidade herdada muito pesada, o Atlético não está conseguindo manter o mesmo foco e terá que fatalmente disputar a Série B ano que vem. Mas o que o pessoal do Atlético precisa ter cuidado e acima de tudo muita calma nessa hora, é pra não jogar fora tudo que conquistou. Disputar uma Série B não é melhor dos sonhos, mas também não é o fim do mundo, pois equipes como Atlético (MG), Palmeiras, Botafogo, Vasco, Grêmio e até o Corinthians já disputaram essa competição e continuam tocando o barco normalmente e isso sem contar o Goiás que disputa pela segunda vez consecutiva e aprendeu com os erros do ano passado e vai subir neste ano pra A.
 
Muitos erros foram cometidos nesse ano que acabaram culminando com a queda do time para a Segunda Divisão. O técnico Hélio dos Anjos embora não esteja no Dragão tem uma parcela significativa de responsabilidade quando fez uma pré-temporada mal feita e para piorar, inventou um tal rodizio no Goianão que não deu certo e em momento algum o Atlético foi competitivo. Ele caiu antes do fim do campeonato e veio Adilson Batista.
 
Com duas rodadas no Brasileiro Batista cai e quem aparece de novo? Hélio dos Anjos. Foi um horror. Não ganhou nenhum jogo e foi mandado embora e Jairo Araújo assume interinamente até a chega de um velho conhecido dos Atleticanos, Artur Neto que certamente cairá com o time pra B.
 
Paralelamente à essas questões envolvendo treinadores, teve as contratações que não deram certo como William e Elias. Duas das principais contratações que foram um fiasco, nenhum dos dois disse a que veio e como eram caros, foram dispensados. Outros, como o zagueiro Leonardo, vivem no departamento médico e não jogam, mas recebem gerando despesa e não dão nenhum retorno, fatalidade.
 
O Presidente Valdivino de Oliveira o grande responsável pelo ressurgimento do Atlético nesse período, deu muitas caneladas nesse ano e demonstrou fragilidade, precipitação e falta de habilidade neste ano.
 
Fragilidade quando jogou a toalha dizendo que não se candidata nas próximas eleições do Clube e num momento em que o time estava se definhando em campo. O General dizendo que vai fugir do embate.
 
Precipitação quando falou na Rádio 730 a respeito de um assunto interno do clube, os jogadores machucados e denominando os de “chinelinhos”. E mais, dizendo que muitos atletas não tinham dores no dia do pagamento. No dia seguinte o goleiro e capitão Marcio deu lhe a resposta na mesma altura e quem fala o que pensa ouve o que não quer e teve que engolir as palavras do jogador.
 
Falta de habilidade quando tentou jogar o ex-vice-Presidente Mauricio Sampaio às cobras numa negociação envolvendo dinheiro para o Atlético empurrando para o Mauricio uma responsabilidade que era dos dois.
 
Com isso, o Atlético perdeu um grande dirigente que resolvia todos os problemas do dia-dia. Sem o Sampaio, Adson Batista se viu só, já que o Presidente pouco vai no Atlético e raramente efetivamente resolve os problemas que são gigantescos.
 
Diante de tudo isso essa temporada não poderia ser diferente, não ganhou nada e vai perder o que de mais importante tinha conquistado o direito de disputar a Serie A do Brasileiro. Nesse caso é preciso ter equilíbrio. Dar três passos para trás pra dar nove para frente.