https://www.youtube.com/watch?v=uXrfKTZCoSUEm entrevista exclusiva à Rádio 730, Jayme Rincón, presidente da Agetop e porta-voz do governo estadual, rebateu as acusações feitas pelo ex-secretário da fazenda do governo Alcides Rodrigues, Jorcelino Braga.

Jayme iniciou sua fala alegando que Jorcelino perdeu oportunidade de mostrar a população goiana os feitos realizados pelo governo Alcides Rodrigues. “É muito triste ver que depois de quatro anos e meio, ele vem aqui, exclusivamente para atacar o atual governo. Por que ele não veio mostrar o que foi construído? Porque eles não fizeram nada”, diz o presidente.

Segundo Rincón o governo já havia “virado a página” de ataques, de atribuir responsabilidades a governos anteriores. Ele conta que a partir de agora, os governistas apenas responderão as acusações de Braga. “Todas as vezes que ele vier a público para atacar o governador Marconi ou o atual governo, nós nos sentimos na obrigação de rebatê-lo”. (Assista vídeo ao lado)

Celg

“É difícil nós fazermos uma avaliação de um acordo que nunca existiu”. O presidente alega que o governo anterior teve quatro anos e meio para resolver o problema Celg, e chama a operação feita pelo ex-governador Alcides Rodrigues de “pseudo-acordo” e garante que o acordo nunca foi apresentado e discutido publicamente.

Rincón questiona a falta de discussão com a equipe de transição no ano de 2010. “O correto, que se esse acordo realmente existia, é que chamasse a equipe de transição para participar dessas discussões ou que pelo menos levasse para Assembleia Legislativa”.

Para o governista, a operação era uma caixa-preta por ninguém saber o teor do que estava sendo discutido. “Como um governador eleito, prestes a tomar posse, poderia concordar com um acordo que sabia através de boatos e que comprometeria as finanças do estado pelos próximos quatro anos?”, questiona.

O presidente esclarece que Marconi Perillo foi contra o acordo por não ter conhecimento do que estava sendo negociado e notificou claramente. “Ele notificou os órgãos competentes essa preocupação”.

Em relação ao novo acordo fechado como governo federal, esse, repassa o controle da estatal à Eletrobras, Jayme explica que a presidente Dilma está colocando como condição o controle acionário de todas as negociações que o governo participa.

“É preferível, ter 49% de uma empresa saneada que vai ter a valorização das ações, do que 99% das ações de uma empresa falida”, defende Rincón.

Para Jayme, a estatal tornou-se um peso, por estar endividada, não ter capacidade de expansão, a demanda não estava sendo atendida. “Pela forma que o acordo foi negociado, transparente, discutido com a Assembleia, ele foi bom pra Goiás”.

Déficit

“Isso foi a maior história de propaganda enganosa feita no estado de Goiás”. Para o presidente da Agetop, o déficit foi construído.

Jayme revela que houve um encontro entre o atual governador Marconi Perillo e o ex-secretário Jorcelino Braga, época que Marconi ainda era senador. Rincón conta que nessa ocasião, Braga apresentou um déficit no valor de R$ 46 milhões e foi questionado por Perillo.

Metas Fiscais

Governo Alcides não conseguiu cumprir as metas fiscais. “Não cumpriu porque eles priorizaram um tipo de administração, que não condizia com projeto pelo qual eles foram eleitos”. Para ele, a centralização do governo na mão do ex-secretário Jorcelino Braga, inviabilizou todo o governo de Alcides Rodrigues.

“Não houve incremento de receita, não houve corte de despesas, não houve uma ação efetiva para que administrasse conta por conta”, releva o porta-voz do governo. Para ele, os secretários Simão Cirineu (Fazenda) e Giuseppe Vecci (Planejamento), conseguiram tirar o governo de um défict estimado em R$ 2 bilhões com superávit de R$ 10 milhões.

“O que faltou no governo passado foi trabalho, compromisso com a população, empenho para colocar o estado, ou, pelo menos, manter o estado no ritmo de crescimento”, diz.

Jayme revela que o final do governo Alcides, despesas foram liberadas para que pudesse contribuir para eleição do então candidato, “Houve uma farra de liberação de despesas durante o período eleitoral, para que o ex-governador (Iris Rezende) fosse eleito”. acusa. 

Segundo o governista, o déficit foi causado pelo período eleitoral de 2010 e atribuir à responsabilidade para o atual governador é irresponsabilidade. “O que existia era um projeto para destruir a imagem do governador Marconi Perillo”.

Rincón solicita que os erros do atual governo sejam apontados, segundo ele, serão corrigidos.