Insatisfeitos com a decisão tomada em Assembleia, no início do ano, que definiu que os sócios do Goiás não podem mais votar, foi criado um movimento dentro do clube, chamado Reage Goiás. A oposição quer reaver o direito de voto dos sócios e ainda querem indicar um candidato para a eleição a presidência do clube esmeraldino, no final do ano. O primeiro nome a ser cogitado é do empresário Flávio Ramos, que está em seu segundo mandato do Conselho.

O conselheiro, no entanto, negou que já seja o candidato da oposição à presidência do Goiás: “Eu coloquei meu nome à disposição. Alguns sócios me procuraram querendo que tivesse uma mudança no Goiás, partindo para outro rumo e me procuraram com a intenção de montar uma chapa. E eu falei que meu nome está à disposição. Eu não estou falando que eu sou o candidato não. Inclusive, tem gente falando que eu sou o candidato da oposição. Mas eu não sou. Eu vou pedir apoio do Hailé, do Raimundo, de todos que estiverem dentro do Goiás e que tenham disposição de me ajudar”, declarou.

O empresário revelou que muitas pessoas influentes no Goiás estão insatisfeitas, inclusive, cinco ou seis ex-presidentes do clube. Entre eles, Raimundo Queiroz. Flávio Ramos revelou que, caso assuma a presidência do clube, convidará Raimundo Queiroz para ser gestor de futebol do Verde:

“Se, no futuro, eu for o candidato a presidente, eu vou convidá-lo para ser meu gestor de futebol. Se ele vai aceitar ou não, é uma outra história. Mas eu convidarei, porque não vejo ninguém no quadro do Goiás com a mesma competência dele. Então eu convidarei. Mas isso vai depender se ele vai querer me apoiar e mais outras coisas”, explicou.

No entanto, o conselheiro sabe que ainda não é momento para pensar na presidência: “Agora é momento de reaver os direitos dos sócios. Essa reunião que terá com o Reage Goiás para saber o que os sócios querem do Goiás. E a gente vai tentar reaver ou na forma administrativa, pelo estatuto, ou judicialmente, porque até o código civil proíbe o sócio de não poder votar”, ponderou.

Mesmo sabendo disso, Flávio Ramos e os membros do Reage Goiás já possuem os planos administrativos, caso assumam a presidência do time:

“A gente vai separar o Goiás por departamentos, nomear todas as diretorias, colocar gestor nas diretorias, colocar um orçamento em cada departamento do Goiás. Dentro desse orçamento, o gestor vai trabalhar com um planejamento de quatro, cinco anos. A gente sabe que o mandato não é disso, mas o planejamento vai ser de um aumento de faturamento do Goiás. Queremos fazer com que a torcida aumente a participação no clube. A nossa idéia é tentar alterar o estatuto no futuro para que o sócio-torcedor tenha o direito de votar, não ser votado, como é feito, por exemplo, no Inter”, finalizou o conselheiro esmeraldino.