Dados apontam que os números de obesidade, só no Brasil, subiram de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. A doença é considerada epidemia mundial e a tendência é que o problema se agrave nos próximos anos.

De acordo com o cirurgião bariátrico, especialista em cirurgia minimamente invasiva e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Maxley Martins Alves, em entrevista no Cidadania em Destaque desta segunda-feira (20), há poucas opções de remédios que ajudem a tratar o problema.

“É um problema tão grave que temos pouquíssimas medicações para tratar a obesidade, e nenhum é tão eficaz. Em 1985, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já considerava a obesidade uma doença. Nos Estados Unidos, isso ocorreu apenas em 2013. De repente, 80 milhões de americanos acordaram obesos no dia seguinte”, analisa.

O número reduzido de medicamentos no mercado se deve ao fato de muitas pessoas utilizarem os chamados inibidores de apetite mesmo quando não há necessidade, o que não é recomendando pela OMS. “Temos quatro medicamentos no mercado. A pessoa que tem obesidade sofre muito, e precisa de um apoio e de uma forma de manter este peso menor”, afirma o especialista.

Um estudo feito pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta que, em todo o planeta, mais de 2,2 bilhões de pessoas sofrem com a obesidade.

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