A greve dos professores da rede municipal de Educação continua e passa por mais uma negociação com a prefeitura, mas agora com a participação do SINTEGO, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás. A paralização é organizada pelo Comando de Luta, que é uma dissidência do SINTEGO.
O estopim para a greve foi a mudança no pagamento do auxílio locomoção, conhecido como Difícil Acesso. Antes, cerca de 4 mil, dos 10 mil professores de Goiânia, recebiam o benefício, no valor de R$ 319,00. Agora, o projeto de Lei que tramita na Câmara, enviado pelo Paço, busca pagar o auxílio para todos os professores, mas no valor de R$ 200,00, para a carga horária de 30 horas semanais.
O prefeito, Paulo Garcia (PT), explica que esta é a proposta possível para a prefeitura e que, por um questionamento do Ministério Público e o programa Ganha Tempo, menos de 5% dos funcionários teriam direito ao recurso, caso o projeto não seja aprovado. Ele defende a discussão com o SINTEGO. “Uma das razões da retirada do projeto de lei foi a solicitação do sindicato dos profissionais da educação, o Sintego, para que nós pudéssemos dialogar. quando você vai para uma mesa de diálogo todas as possibilidades existem, desde um acordo sobre os valores a serem transferidos para os profissionais da educação até a retirada total do projeto pela não compreensão da classe,” diz.
A secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida, afirma que a proposta levada à Câmara define os valores que são possíveis para pagamento da prefeitura. “Estamos rediscutindo fruto de uma orientação do Ministério Público por perceber que com a nova organização do transporte público da região metropolitana muitos não manteriam este benefício. Tanto que fizemos um recadastramento e entre os que se recadastraram menos de 5% manteriam o benefício. O que nós quisemos foi estender o benefício para todos os professores, mas com a atual situação financeira não é possível manter o mesmo valor,” afirma.
O projeto que estabelece o auxílio locomoção foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal e chegou a ser discutido em segundo turno no plenário, mas a líder do prefeito, Célia Valadão (PMDB), pediu vistas da matéria para que a discussão com o SINTEGO possa ser feita. Loc… Enquanto isto, escolas e CMEIs continuam parados por conta da greve dos servidores da rede municipal de Educação. Uma nova assembleia da categoria está marcada para a manhã de terça-feira.