Servidores de 14 categorias especialistas em saúde pressionam o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, para que ele sancione o projeto de lei que estabelece carga horária de 20 horas semanais para todos eles.

Os funcionários estiveram presentes na Câmara de Vereadores quando a matéria foi aprovada em segunda votação e foram decisivos para a manutenção de uma emenda que estendia a redução a todas as categorias.

Desta vez, cerca de 100 pessoas fizeram uma manifestação em frente ao Paço Municipal para chamar a atenção do prefeito.

“Hoje, o médico e o odontólogo já fazem 20 horas. E os outros profissionais fazem 30 horas. Nós discordamos do tratamento diferenciado e queremos isonomia já para as profissões que estão fora desse benefício”, defende a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás, Lorena Baía.

No entanto, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde em Goiás (Sindisaúde), Fábio Basílio, admite que o panorama não parece ser favorável aos manifestantes.

“A gente espera que reverta e consiga aprovar o projeto porque ele é viável. Dá pra negociar prazos. A gente entende que de uma hora pra outra é complicada”.

O secretário de Governo da prefeitura de Goiânia, Samuel Belchior, confirma as expectativas e garante que parte do projeto será vetada pelo prefeito.

“É claro que o prefeito é a favor de melhores condições salariais para os servidores. Agora é difícil buscar isso e ainda diminuir a carga horária. A prefeitura não dá conta. É inviável para o poder público municipal”.

Caso o projeto seja vetado, a matéria volta à análise da Câmara de Vereadores e o veto pode ser mantido ou derrubado.