Antes da eleição, prefeito vetou, agora, diz que “está aberto a tomar uma posição” (Foto: Mirelle Irene)

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), sinaliza que não deve vetar um novo aumento nos subsídios para os próximos vereadores, prefeito e vice-prefeitos, caso uma proposta nesse sentido seja aprovada pela Câmara. Aguarda para segunda votação na Casa uma proposta de emenda à Lei Orgânica, de autoria do vereador Luiz Teófilo (PMDB), que prevê a não obrigatoriedade de fixação dos subsídios para a próxima Legislatura no máximo 30 dias antes da eleição. 

Segundo a proposta, sem a obrigação, o aumento dos salários pode ser dado até o fim desse ano. Basta que um projeto com este sentido seja apresentado e aprovado pela própria Câmara e sancionado pelo prefeito.

Nesta segunda-feira (17), a emenda era o primeiro item que aguardava votação na Casa. No entanto, pela manhã, não houve sessão. Os parlamentares se reuniram, a portas fechadas, para discutir a questão e teriam definido, segundo alguns parlamentares, pela aprovação da emenda e de um aumento de 20%. Antes do período eleitoral, a Casa chegou a aprovar um aumento de 35%, que foi vetado pelo prefeito Paulo Garcia, devido ao desgaste que a iniciativa gerou.

Agora, Paulo Garcia argumenta que quer primeiro tomar “conhecimento” de um projeto, antes de dizer se vai ou não vetar. “Vetamos o aumento pelo entendimento de que não havia uma discussão ampla com a sociedade e nem uma explicação condizente. Também entendemos que o valor fugia à realidade momentânea. Isso não significa que sejamos contra o reajuste para quem trabalha”, diz.

“Não está em pauta nenhuma discussão nesse sentido, se isso houver, estamos abertos a tomar uma posição, como tomamos à aquela época”, emenda.

Caso o subsídio válido para a próxima legislatura não seja fixado pelos vereadores, fica valendo o valor pago atualmente, sem aumento. A Lei Orgânica Municipal prevê que o salário que será pago em dezembro será o mesmo dos próximos quatro anos.