A cidade está um forno e o fato não preocupa as autoridades. Em Goiânia, a prefeitura implanta parques com dinheiro de multa por infração ambiental. Quando uma área verde recebe benefícios, cada centavo investido ali veio do posto de combustível que degrada o solo, da empreiteira que invadiu uma nascente, do bar que instala som alto. Da receita normal do município, não é destinada verba alguma para a Natureza. Essa política equivocada amplia a necessidade do projeto “Quero uma cidade menos quente e com mais árvores”.

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A iniciativa da Rádio 730, do portal730.com.br, do Diário da Manhã e do Rotary Clube ganhou parceiros importantes, todos eles essenciais para a qualidade de vida. O projeto se expandiu com apoio de empresas e encontrou eco no interior do Estado, como em Goianira, Inhumas, Caturaí e Rubiataba. A Prefeitura de Goiânia e o Governo de Goiás, através das respectivas pastas do Meio Ambiente, também participam. Outra grande aliada é a Delegacia do Meio Ambiente, a Dema, do atuante delegado Luziano Carvalho, que prepara a nova fase do projeto: as ações policiais na defesa dos recursos naturais e da repressão aos devastadores.

Cabe ao poder público recuperar as áreas degradadas. A população está fazendo a sua parte, plantando árvores onde consegue e cada muda é uma esperança. No entanto, a solução está com as autoridades. Cabe ao prefeito Paulo Garcia abrir o cofre para a Agência de Meio Ambiente, a Amma. Os demais chefes de Executivos municipais também devem priorizar a ecologia na prática. A mesma ideia vale para o governador Marconi Perillo e para o chefe do Ibama em Goiás. O sucesso do projeto “Quero uma cidade menos quente e com mais árvores” depende da população. Mas, para as cidades se tornarem realmente melhores, com clima agradável, é fundamental que o Executivo empregue verbas consideráveis em conscientização, preservação e recuperação. De blá-blá-blá o povo está farto e morrendo de calor.