O projeto de lei que define uma revisão no Plano Diretor de Goiânia foi reenviado pela Prefeitura de Goiânia à Câmara Municipal. A mesma matéria havia sido levada à casa no final da última legislatura, mas retirada para passar por novas discussões, depois de intensos protestos e manifestações da oposição e também do Ministério Público.
As principais mudanças são referentes às possibilidades de adensamento comercial em eixos estruturantes da capital. Um exemplo é a possibilidade de instalação de grandes empreendimentos ao longo da Avenida Perimetral Norte.
A chegada do projeto à câmara surpreendeu o vereador Elias Vaz, do PSOL, que esperava participar de novas discussões sobre a matéria antes que ela fosse encaminhada para tramitação na câmara. “Eu fui surpreendido com a situação. Eu fui nomeado em nome da oposição para participar das discussões que iam discutir a revisão do plano diretor. Agora mandaram a revisão sem nenhuma discussão,” revelou.
De acordo com o vereador, a votação a toque de caixa, sem um estudo mais aprofundado sobre as alterações no Plano Diretor, poderá fazer com que a situação se complique no futuro.
O vereador Djalma Araújo (PT), critica a proposta de revisão apesar de ser da base do prefeito na casa. Segundo ele, o poder econômico de imobiliárias de Goiânia é que tem dado as cartas nestas decisões. “A revisão do plano atende os grandes grupos econômicos. O plano diretor não atende os interesses da população de Goiânia,” denuncia.
A revisão do plano diretor já foi protocolada na procuradoria da Câmara de Vereadores.