Estão abertas as inscrições para a 18ª edição do Prêmio SESC de Literatura. Para participar é necessário ter 18 anos, acessar o site sesc.com.br/premiosesc, ler o edital, preencher a ficha e anexar o arquivo com o livro. O prêmio é voltado para duas categorias, o romance – uma narrativa ficcional longa – e os contos – um livro composto por várias narrativas ficcionais curtas. As inscrições ficam abertas até 19 de fevereiro.

O objetivo do SESC é descobrir novos escritores, que terão suas obras publicadas e distribuídas. Por isso, o prêmio é direcionado para autores e obras inéditas. Em entrevista ao Sagres Tom Maior, o analista de literatura do SESC, Henrique Rodrigues, destacou que não há perfil para participar, já que as inscrições são protegidas com o anonimato.

Vale ressaltar que o ineditismo comporta escritores que não tenham obras publicadas na categoria específica. Ou seja, caso o autor tenha um romance publicado, ele pode se inscrever para concorrer na categoria de contos e vice-versa.

Henrique conta que o prêmio visa oferecer uma renovação ao cenário literário, mas que isso não está atrelado a idade. O foco é oferecer a possibilidade para que pessoas em qualquer momento da vida possam iniciar uma carreira literária. “Nós já tivemos, por exemplo, em 2019, o vencedor na categoria contos, ele tinha apenas 19 anos. E nós já tivemos outro vencedor em outra edição que tinha quase 60”.

A leitura no Brasil

Segundo dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o país perdeu nos últimos anos, mais de 4,6 milhões de leitores. Além disso, 48% da população brasileira, cerca de 93 milhões de pessoas acima dos 5 anos, não leram nenhum livro, nem mesmo parte, nos últimos três meses. Henrique destacou que essa informação “nos dá um diagnóstico que mostra que nós temos muito trabalho a fazer”.

O analista ainda prossegue dizendo que várias causas podem explicar este cenário, como a falta de condições no ensino público para que professores sejam leitores, em função da falta de tempo e uma desvalorização moral do livro, com pessoas afirmando que livros são caros. ”Ás vezes uma família de poder aquisitivo mais baixo, ela não vai ter livro em casa, mas você olha lá e todo mundo tem seu celular de muitos mil reais cada um”, declarou.

Confira a entrevista completa a partir dos cinco minutos: