Entra em vigor a decisão da Secretaria da Fazenda que passa a cobrar o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS) no destino de produtos com instituição da substituição tributária do segmento de autopeças e bebidas.

Em entrevista para a RÁDIO 730, a presidenta da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (ACIEG), Helenir Queiroz revelou como isso afeta estes segmentos.

Segundo ela, os empresários estão muito preocupados com esta medida, pois a princípio há um aumento significativo de impostos, principalmente para as micro empresas.

  • Confira o áudio da entrevista:

Primeira parte:

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Segunda parte:

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A micro empresa que até então pagava entre 1 e 3,75% de imposto, vai passar a pagar 17%.

“Isso vai afetar o empenho dessas empresas, e pode haver até fechamento de empresas”, relata.

A presidente da ACIEG destacou que é a intenção da Secretaria da Fazenda que até o final do ano todos os segmentos fiquem no mesmo regime. Ela afirmou que a cada mês vão entrar novos segmentos.

“Eu ouvi informação e de que o próximo segmento seria construção e vestuário de um modo geral”. Helenir Queiroz explicou que a substituição tributária modifica o jeito de cobrar imposto.

Ao invés da empresa que está vendendo produto para o cliente pagar o imposto depois que se faz a venda, ela passa a pagá-lo quando se compra do atacadista, do distribuidor ou do fabricante.

“Quando ela compra, o atacadista, por exemplo, já pressupõe o lucro baseado num percentual que a Sefaz indica em alguns casos de 30 a 40%. Desta forma, o atacadista calcula com base nessa lei, e já inclui o ICMS na nota fiscal de compra”, declara.

A presidente da ACIEG afirma que o empresário vai precisar de mais caixa, pois vai ter que bancar o imposto antes de vender, além de ter que bancar o preço do estoque, o que vai exigir capital de giro, o que em especial o micro empresário não possui, segundo Helenir.

“Uma mercadoria que ele compraria por R$ 100,00 agora passará a pagar R$ 117,00. Se houver uma perda, ou ele não vender, vai ser problema do empresário”, destaca.

De acordo com ela, o micro empresário ainda não sabe o quanto ele vai ser atingido, e só vai saber na primeira compra feita, além da inflação prevista pela presidente que pode chegar ao consumidor.