O presidente da Agência Municipal de Trânsito (AMT) Miguel Tiago, qualificou como políticas as acusações feitas pelo presidente do Partido do Servidor Público Brasileiro (PSPB) e ex-funcionário do órgão, Nilson Domingues. Ele denunciou ao Ministério Público (MP) a existência de uma suposta “indústria da multa” em Goiânia.

O Promotor de Justiça, Fernando Krebs, que investiga o caso, informa que o MP ainda apura a denúncia. “É grave, temos que ouvir os agentes de trânsito, todos os envolvidos e verificar com quem está a verdade e tomar as devidas providências”, relatou.

O presidente da AMT, Miguel Tiago, qualificou as denúncias como políticas em virtude do ano eleitoral. Ele ainda argumenta que a maioria dos agentes de trânsito o apoiam para estar a frente do órgão e mostrou tranquilidade. “O Ministério Público está fazendo o dever dele e vou apresentar as nossas justificativas. A denúncia está circulando e nós sentimos a necessidade de dar uma resposta para que a população sinta segurança na gestão do trÂnsito em Goiânia”.

Ao todo, foram registradas 455 mil multas de trânsito em Goiânia no ano de 2011, contra 341 mil em 2010. Por outro lado, a arrecadação da AMT diminuiu de 2010 para 2011, de R$ 33,8 milhões para R$ 33,5 milhões.

Segundo o presidente, apesar da arrecadação ter diminuído, o maior número de multas se deve ao aumento da quantidade de agentes de trânsito, de 186 para 372 funcionários. Ele lembra ainda que todo o recurso é investido no trânsito da capital.