O presidente eleito do Equador, Lenin Moreno, recebeu nesta terça-feira (16) suas credenciais oficiais declarando que será o governante “do diálogo e da solidariedade” e que trabalhará para defender todos os direitos e conquistas alcançadas durante a gestão de seu antecessor Rafael Correa. As informações são da agência EFE.

Na cerimônia de entrega de credenciais, realizada hoje pela manhã na Assembleia Legislativa, Moreno, que assumirá o cargo no próximo dia 24, ressaltou que defenderá “todos os direitos e ganhos alcançados” nos últimos dez anos.

“Lembremos que dois milhões de equatorianos saíram da pobreza nessa década. O Equador se tornou o país com as melhores estradas da América Latina, um dos cinco países com soberania energética no mundo, e que tem [bons] serviços médicos e hospitais”, anotou.

Mais solidariedade, menos caridade

Moreno pediu aos equatorianos que enfrentem “juntos os novos desafios” porque quer ser o “presidente de todos” e que trabalhará “por cada um”. O novo governante  defendeu “a racionalidade múltipla para encontrar a verdade”, uma missão que realizará com “humildade e levando em conta a diversidade do país”.

Também governará, segundo destacou, com um “critério de solidariedade”, o que diferenciou da caridade, porque esta última “se faz de forma vertical, com alguém que se considera inferior, a quem você entrega o que sobra. E a solidariedade é horizontal, entre iguais. É quando um ser humano que considera o outro igual dá aquilo não que sobra, mas o que, em mais de uma ocasião, falta”, explicou.

Moreno discursou em uma cerimônia na Assembleia Nacional, diante da presença dos mais altos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e do Poder Legislativo, altos oficiais das Forças Armadas e da polícia, diplomatas estrangeiros credenciados em Quito e centenas de convidados.

“Hoje, fechamos o processo eleitoral no Equador”, afirmou Juan Pablo Pozo, presidente da CNE, após a entrega das credenciais tanto a Moreno como ao vice-presidente, Jorge Glas, em um discurso no qual negou taxativamente a possibilidade de ter ocorrido uma fraude eleitoral no país, como denunciou a oposição.

Da Agência EFE via Agência Brasil