Na madrugada de quarta para quinta-feira, o vereador Marcelo Gomes concedeu entrevista à reportagem da Rádio 730 e falou sobre o atentado que acabou causando as mortes do seu primo José Gomes da Rocha, ex-prefeito e candidato ao cargo nas Eleições do próximo domingo, e do policial Vanílson, que fazia a segurança da carreata em Itumbiara.

Ouça a primeira parte da entrevista de Marcelo Gomes!

Ouça a segunda parte da entrevista de Marcelo Gomes!

Sentimento da cidade

“Itumbiara está de luto. A cidade amava o Zé Gomes, que sempre foi uma pessoa muito querida. Estamos por entender os motivos de tamanha tragédia. É uma pessoa muito querida por todos, que tinha planejado a carreata desde o início da campanha. Hoje mesmo, fui para o apartamento dele para subirmos juntos à carreata, pois também sou candidato. Ele estava muito feliz, confiante na vitória. A população saindo nas portas para acenar para ele, mandar abraços e beijos. Era muito amado por todas faixas etárias”.

“Itumbiara chora muito. Lágrimas de dor, devido a perca de um grande filho, de um líder que tínhamos, de um grande estadista, que vai deixar muita saudade para todos que estamos aqui hoje, velando nosso querido político, ex-prefeito e candidato José Gomes da Rocha”.

Motivos

“Não sabemos os motivos, porque o Zé era uma pessoa muito carismática e que não tinha inimigos. Não sabemos o motivo real dessa pessoa ter feito o que fez. O que pensamos é que, em um momento desse, a pessoa estava preparada para matar e morrer, por conta de toda segurança que estava envolvida”.

O atentado

“Na hora que aconteceu tudo, que a caminhonete brecou, imaginei que era uma moto ou bicicleta que estava na frente. quando houve os estampidos, achei que era bombinhas, não imaginava que fossem tiros. Vi que o negócio era mais grave quando vi os policiais atirando no senhor que estava no canteiro central da avenida.

“No momento que nós todos abaixamos, o vice-governador, que estava muito próximo de nós, também foi alvejado. Achei que o Zé Gomes tinha desmaiado, porque tinha muito medo, não gostava de ver sangue e tentei segurar ele. Quando vi outro colega que estava ao meu lado caído, percebi que era mais sério. Foram cerca de 11 segundos de tiroteio, mas para nós parecia uma eternidade”.

Família e esposa

“A família está muito abalada. era uma pessoa super alegre, envolvente, com muitos projetos para o futuro, como a construção do novo hospital municipal e da faculdade de medicina. Seria o governo da saúde de Itumbiara. Infelizmente, os projetos terão de ser repensados”.

“Não sei quem passou a notícia a ela, que está transtornada e não entende o motivo disso acontecer, pois ele não tinha armas e era muito brincalhão. Ela está muito assustada, triste, abalada”.

Ameaças?

“Por parte desse cidadão, nenhuma. Esse atirador era motorista do setor e, em momento algum, apresentou algum minuto de deslize de saúde mental. Era uma pessoa super tranquila, brincalhona, pegava receitas comigo porque era diabético. sempre que possível, conversávamos”.

“Quando eu estava no hospital, tentando salvar o Zé e o Vanílson, fiquei sabendo que o atirador era o “Beba”, que era funcionário da prefeitura, inclusive trabalhou na gestão passada do Zé Gomes. Apesar de ser cabo eleitoral do candidato da oposição, em momento algum aconteceu isso de partir para as vias de fato em Itumbiara. Espero que não seja motivo político”.