O Procon Goiás divulgou nesta sexta-feira (11) balanço parcial de operação que investiga os preços dos combustíveis nos postos de Goiânia, que tem como objetivo identificar possíveis abusos nos valores praticados pelos estabelecimentos.
A ação foi realizada entre os dias 8 e 10 de agosto, na qual as equipes visitaram 106 postos de combustíveis da capital, nos Setores Central, Campinas, Aeroporto, Rodoviário, Dos Funcionários, Cidade Jardim, Pedro Ludovico, Sul, Marista, Jardim Goiás, Oeste, Nova Suíça, Bueno e Coimbra.
Na operação, as equipes de fiscais e pesquisadores do Procon conseguiram coletar as seguintes variações de valores:
– Gasolina: 20,42% (menor preço a R$ 3,57 e o maior a R$ 4,29);
– Etanol: 26,59% (entre R$ 2,36 a R$ 2,99);
– Diesel comum: 24,41% no diesel (entre R$ 2,99 e R$ 3,72).
O gerente de fiscalização do órgão, Gleidson Tomaz, explica que os valores acima referem-se somente ao momento da coleta, e alerta que os postos podem mudar os preços dos combustíveis a qualquer hora do dia.
“Com essa política de preços de ajustes diários da Petrobrás, pode ser que de manhã consumidor vá a um posto, e no final da tarde ele já tenha um preço totalmente diferente. Pode ser para mais ou para menos”, reitera.
Gleidson Tomaz afirma ainda que a fiscalização do Procon-GO não identificou o chamado alinhamento de preços, que ocorre quando a maioria dos postos pratica os mesmos, o que tira do consumidor a opção pela procura por melhores opções para abastecer.
“O que nós identificamos foi um alinhamento natural, ou seja, quando a livre concorrência está sendo praticada. Enquanto o consumidor tem alternativas de preços, isso é bom. A partir do momento em que o consumidor identifica os postos que estão com preços mais baixos, razoáveis, e prioriza esses estabelecimentos, com certeza vai forçar uma redução nos preços”, destaca.
A fiscalização, segundo o gerente do Procon-GO, continuará nos postos da capital. Os próximos estabelecimento a serem visitados serão os da região sudoeste de Goiânia, na saída para o município de Guapó.
Entenda o motivo da fiscalização
Desde o dia 3 de julho, quando começou a vigorar a nova política de revisão de preços do diesel e da gasolina pelo Governo Federal, cujos ajustes passaram a ser diários, os preços praticados nas refinarias tiveram oscilações periódicas. O repasse do aumento ou da redução ao consumidor (pelas distribuidoras e postos de combustível) depende de cada agente econômico.
Com o aumento na tributação do PIS e do Cofins sobre os combustíveis anunciado pelo Governo Federal, em vigor no dia 21 de julho, considerando-se ainda a cobrança do ICMS praticado por cada estado e a incidência da Cide, os preços dos combustíveis acabaram surpreenderam os consumidores. No caso de Goiânia, principalmente desde o início desta semana.