O Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos típicos de festa junina e constata um grande aumento nos preços, comparados com os apurados no mesmo período do ano passado. Nesse caso, é bom o consumidor ficar atento a pesquisa realizada pelo órgão.

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Produtos como fubá de milho, pipoca, amendoim, canjica, paçoquinha, pé de moleque, condimentos, dentre outros, foram pesquisados, tendo como parâmetro de comparação de preços, a mesma marca e gramatura (peso). Ao todo, foram pesquisados 67 (sessenta e sete) itens em 12 (doze) estabelecimentos da capital. A coleta de preços foi realizada entre os dias 12 e 20 de junho de 2012.

Produtos estão mais caros

Se a intenção do consumidor é economizar nas compras desses produtos, deve deixar a pressa de lado e pesquisar bem os preços. O milho de pipoca da marca PPA, pacote de 500 gramas, teve um aumento médio de 30,34%, sendo encontrado ao preço médio de R$ 2,08 em junho do ano passado, e hoje, custa R$ 2,71.

22,52% foi o aumento registrado no pacote de 325 gramas de paçoca de amendoim YOKI, cujo preço médio passou de R$ 5,81 para 7,12;

O pacote de pé-de-moleque de 800 gramas da marca Sinhá, passou do preço médio em junho de 2011 de R$ 10,89 para R$ 14,00 neste ano, aumento de 28,53%.

Dentre os condimentos, o pacotinho de 40 gramas de cravo-da-Índia da marca Kitano, foi registrado um aumento de 44,95%, passando de R$ 5,99 para R$ 8,68.

Dentre os poucos produtos que houve redução no preço médio, destacamos a canjica de milho branca, pacote de 500 gramas da marca PPA, onde o preço médio sofreu uma redução de R$ 2,09 no ano passado, para R$ 1,94 neste ano. Redução de -7,18%.

Variações entre menor e maior preço

Mesmo se tratando de um mesmo tipo de produto (marca e peso), as variações entre menor e maior preço foram grandes.

O fubá de milho, por exemplo, pacote de 500 gramas da marca PPA, foi encontrado com preços variando entre R$ 1,08 e R$ 2,09, variação de 93,52%;

O pacote de 450 gramas de mistura para bolo de fubá – Dona Benta teve variação de 89,24%. Neste caso, o menor preço encontrado foi de R$ 1,58 e o maior R$ 2,99.

Com preços oscilando entre R$ 11,90 e R$ 16,19, o pacote de 800 gramas de pé-de-moleque – Yoki sofreu variação de 36,05%.

70,86% foi a variação do pacote de canela em rama – Kitano de 20 gramas, com preços variando entre R$ 1,75 e R$ 2,99.

Com variação de 55,87%, o pacote de 500 gramas de milho de pipoca – PPA – foi encontrado desde R$ 1,79 a R$ 2,79.

Para quem está em busca de um chapéu de palha feminino com trança, este produto poderá ser encontrado com preços entre R$ 4,45 e R$ 6,99, variação de 57,08%;

Já o vestidinho infantil, a variação foi de 75,93%, com preços entre R$ 22,68 e R$ 39,90.

Verduras

É interessante o consumidor procurar comprar em dias de preços promocionais. Com relação a esses produtos, as variações entre menor e maior preço foram grandes, justamente por esse motivo. Pois enquanto uns praticavam preços normais, outros, no momento da visita dos pesquisadores do Procon, comercializavam esses produtos com preços promocionais.

Um exemplo é o quilo da mandioca, onde a variação chegou a 400,00%, pois o preço do quilo variou entre R$ 0,85 e R$ 4,25;

Outro item, com grande diferença foi o quilo da batata doce roxa, onde o menor preço foi encontrado por R$ 1,19 e o maior por R$ 3,37, variação de 183,19%.

Pesquisa de preços pode significar economia de até 49,02% no preparo de apenas uma receita tradicional das festas juninas: A canjica

Como a maioria dos preços desses produtos são considerados baixos, pode dar a falsa impressão de que a pesquisa não faria muita importância.

No entanto, com o propósito de demonstrar ao consumidor, que independente dos valores, a pesquisa pode significar uma boa economia no bolso do consumidor, o órgão elaborou um simples receita utilizando os menores e os maiores preços para o mesmo produto utilizado na receita.

Utilizando a quantidade de itens para uma receita de canjica com rendimento de até 30 porções, dependendo da escolha em fazer ou não a pesquisa de preços, o consumidor poderá gastar R$ 14,33 (utilizando os menores preços) ou R$ 29,23 (utilizando os maiores preços). O que pode representar uma economia de 49,02%, ou prejuízo de até 103,97%, o que resulta uma economia de R$ 14,90 para o consumidor.

Orientações ao consumidor

Como os produtos estão bem mais caros e para que a qualidade da festa não seja prejudicada, a orientação do Procon Goiás é pesquisar. É lógico que o consumidor deve ficar atento tanto nos preços como nas embalagens dos produtos industrializados, como a identificação do fabricante, prazo de validade, ingredientes, peso e origem.

Se o consumidor optar por comprar produtos a granel, deve verificar o peso e a aparência do produto. Estes, quando expostos devem estar protegidos de poeira, insetos, etc, e devem apresentar informações por meio de cartazes ou plaquetas, sobre o prazo de validade e procedência. Além disso, a pesagem deve ser feita na frente do consumidor.

A higiene também é fundamental. O consumidor deve sempre observar a higiene do local e do produto que está sendo vendido. A manipulação deverá ser feita por pessoas com avental, luvas e cabelos prendidos e protegidos com lenço ou qualquer outro acessório que evite a queda de cabelos nos alimentos. É importante verificar se os alimentos estão adequadamente acondicionados e refrigerados.