Professores da rede estadual de ensino permanecem em greve. Nova assembleia foi realizada no Jóquei Clube de Goiás. Ânimos ficaram esquentados entre alguns membros do Sintego e de representantes de um Movimento Independente de Mobilização da Categoria. A divergência foi que alguns queriam falar e outros não foi permitido o uso da palavra. Chegou haver um pequeno “empurra empurra”. Líderes do sindicato colocaram que deve haver maior radicalidade na condução da greve. O professor Alcino Gilmar da Silva argumenta que a radicalidade é um elemento para discutir com profundidade.“A radicalização depende das duas partes, isso depende do governo e depende dos representantes do Sintego. A intenção do Sindicato é ir na raiz. Tem dinheiro para pagar os professores? Nós sabemos que tem, nós sabemos que o financiamento da educação é amplo e público”. 

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Ieda Leal, revela que foi pedido aos deputados de oposição a inclusão no projeto do reajuste do administrativo, na ordem de 9,52%, o retorno da titularidade. “Nós queremos que a base de oposição da Assembleia, apresente a mesma proposta de dezembro que era a respeito do nosso plano de carreira porque o retorno da titularidade será colocado”.

Através de nota, a Secretaria de Estado da Educação informa que nas duas reuniões que teve com o sindicato nesta semana, reafirmou a proposta feita pelo governo de Goiás para dar fim à paralisação, com destaque para pontos como: Efetivação de uma comissão que apresentaria novas propostas de valorização dos professores dentro do atual plano de carreira considerando-se três pontos: gratificação de titularidade, gratificações de desempenho, avaliações; Regularização da situação salarial dos servidores administrativos que cumprem jornada de 30 horas; Realização de reordenamento na rede para que seja realizado concurso público; Suspensão do corte de ponto e conseqüente pagamento dos valores descontados na folha de fevereiro em duas etapas, após o início da reposição das aulas.

Sobre o corte de pontos dos professores que aderiram à paralisação, a secretaria informa que esta medida permanece neste mês de março, e que o desconto será efetuado já na próxima folha de pagamento.