Os professores da rede municipal de Educação continuam em greve e marcaram presença maciça nas galerias da Câmara Municipal na última sessão ordinária com o objetivo de pressionar os vereadores para que atendam às suas reivindicações. A principal demanda é a universalização do auxílio locomoção a todos os funcionários, no valor de R$ 319,00 mensais, para carga horária de 30 horas por semana. A proposta do executivo enviada à Câmara determina R$ 200,00.

Os grevistas não reconhecem o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (SINTEGO) como sua representação legítima e condenam a atitude do prefeito Paulo Garcia (PT) de abrir o diálogo para negociação com esta entidade. A pedido do petista, a vereadora Célia Valadão (PMDB) pediu vistas da matéria e só deve retorná-la à pauta para segunda votação na quinta-feira da próxima semana.

O professor Wendell Nunes Alves confirma que o SINTEGO não tem representatividade para falar pelos professores em greve. “Ele nunca nos representou. Na última greve em 2010 nós cortamos qualquer relação com este sindicato. Montamos um grupo autônomo chamado Comando de Luta que representa a categoria,” afirma.

De acordo com Wendell, o grupo já tem uma comissão pronta para negociar com o prefeito, mas que Paulo Garcia estaria fugindo de se sentar com a categoria.

Já a vereadora Célia Valadão não estabelece um prazo para negociação e retorno do projeto à votação na Câmara. “Não tem uma data estipulada, mas nós estamos trabalhando para que seja o mais rápido possível,” aponta.

Célia Valadão não informou um cronograma de negociações da prefeitura com os professores, tanto com o Comando de Luta quanto com o SINTEGO.