A Secretaria Estadual de Educação definiu que os professores que trabalham nos laboratórios de informática e bibliotecas dos colégios deverão voltar a lecionar em sala de aula, e os professores que estão em situação de contrato temporário serão exonerados da função.

O chefe do núcleo de orientação pedagógica da Secretaria, Raph Gomes, explica que o objetivo da mudança é priorizar um trabalho mais contínuo em sala, já que os contratados têm que cumprir o ciclo de apenas um ano na rede estadual de educação.

Segundo Raf, a falta de um professor exclusivo nos laboratórios e na biblioteca não deve prejudicar as atividades, já que todos os professores efetivos têm a formação para lidar com essas estruturas.

“A Secretaria ao longo dos anos teve esse investimento de formação do professor, então a maioria está capacitada para utilizar esse laboratório sem interferência de outro professor naquele lugar, que normalmente estava para ligar e desligar o computador, abrir e fechar a sala, e isso pode ser feito perfeitamente pelo professor da turma, e até mesmo pelos alunos”, destaca.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) Ieda Leal, afirma que a medida de retirada dos professores de bibliotecas e laboratórios é equivocada. 

De acordo com ela, um conjunto de profissionais entre professores e funcionários administrativos deve trabalhar nesses espaços que tem grande importância pedagógica.

“O laboratório de informática e as bibliotecas também é um espaço pedagógico que é uma sala de aula, essa tentativa do retorno dos professores que já estão há muito tempo envolvidos nesse projeto talvez seja um erro. Nós precisamos ter administrativos atuando nesses espaços e professores também. É um coletivo de pessoas que vai ajudar a melhorar o rendimento dos alunos nas escolas”.

Ieda Leal afirmou que a medida foi tomada pela Secretaria sem antes ser estabelecido um diálogo com os professores da rede estadual. “Isso não tem sido um diálogo, e sim um monólogo”.

O chefe do núcleo de orientação pedagógica da Secretaria de Educação, Raph Gomes, explica que a Secretaria manteve um diálogo com o Sintego sempre que a instituição foi requisitada.