Os professores da rede estadual de ensino decidiram que irão continuar em greve. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (8), no Jóquei Clube,em Goiânia, os docentes estão em greve há 32 dias e não aceitaram a proposta feita pelo Governo do Estado.

Na assembléia, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintego), Ieda Leal leu o documento que continha a proposta de suspender a greve por 40 dias. Na proposta o plano de carreira dos administrativos seria reajustado em 9,59% e nos anos de 2013 e 2014, haveria correção de 1,52% acima da inflação.

O governo também se comprometeria a repensar a questão da titularidade, tão questionada pela categoria. Em relação aos salários, a devolução de 50% do valor cortado ocorreria em março e o restante em junho. Além disso os professores não precisariam repor as aulas no mês de julho e os aprovados no concurso de 2010 seriam convocados. Esta proposta foi rejeitada pela categoria.

Durante a assembléia, muitas divergências ocorreram. No momento em que os trabalhadores chegavam ao Jóquei Clube de Goiás, alguns grupos estavam reunidos. Lideres do sindicato eram favoráveis a suspensão da greve, mas professores ligados a um movimento paralelo ao Sintego, ficaram insatisfeitos com a posição do sindicato. O impasse só foi resolvido em votação.

Ieda Leal argumenta que continuará em dialogo com o governo até a próxima assembléia, que será realizada na próxima quarta-feira. “Nós queremos uma resposta mais concreta do Estado referente a questão do retorno da nossa titularidade. Vamos continuar a negociação com o governo, estaremos mobilizados nas nossas atividades e temos uma assembléia para a próxima quarta-feira. A gente acredita que até quarta-feira o governo possa apresentar outra proposta” , explica.