A apreciação do projeto de Lei que regulariza o horário de trabalho dos feirantes da Rua 44, próximo à Rodoviária foi adiada para a próxima semana. Em sessão tumultuada, com as galerias tomadas por feirantes, a proposta do vereador Charles Bento não foi colocada em votação devido à manobra da base aliada do prefeito Paulo Garcia que esvaziou o plenário.

O líder do prefeito, vereador Agenor Mariano, justificou o porquê da manobra. Segundo ele, outros setores da sociedade envolvidos na questão precisam ser ouvidos pela prefeitura antes da aprovação da Lei.

“Está sendo ouvido apenas um lado. Existe uma regulamentação, um código de postura. O poder público precisa votar uma lei não no calor de uma pressão de auditório, mas sim na real necessidade que uma cidade enfrenta e com responsabilidade”, relata.

O vereador criticou os colegas da oposição e até aliados que defenderam a aprovação imediata da proposta. “Temos que pensar no dia-a-dia da cidade. Precisamos tentar compreender o impacto disso”.

Os feirantes se queixam que estão há mais de uma semana sem trabalhar no local por conta das operações da Polícia Militar e da fiscalização urbana no local.

Feirantes

De acordo com uma das representantes da categoria, Patrícia Mendes Ribeiro, os feirantes vão pedir ao prefeito na audiência, uma medida paliativa enquanto o projeto não é aprovado.

“A nossa luta é essa. Esperar a formalidade, pra gente é muito demorado. Nós temos duas semanas sem trabalho. Vamos ao paço pedir ajuda ao prefeito”, afirma.

O autor do projeto, vereador Charles Bento defendeu a apreciação na última sessão e apontou as vantagens da Lei para o município. “No momento que eles trabalharem de madrugada não irá atrapalhar o trânsito no dia-a-dia. O projeto atende o trânsito, o emprego e a renda para o município. Todos ganham”, comenta.

Com informações do repórter Frederico Jotabê