O projeto que deve criar o chamado “salário mínimo estadual” provocou discussões na Assembleia Legislativa. O projeto prevê a criação de quatro faixas salariais, que variam de 817 a 952 reais dependendo da atividade econômica. Todas as quatro faixas possíveis estão acima do salário mínimo nacional, hoje em 788 reais.
Esse piso contemplaria trabalhadores do comércio, de serviços, de lojas e mercados, além de atividades agropecuárias, florestais e de pesca. Lideranças do fórum empresarial goiano foram contra a proposta, alegando que de os pisos propostos causarão dificuldades para os comércios e demais atividades.
Já os deputados estaduais tiveram opiniões bem diversas sobre a matéria dentro da Assembleia. O deputado Adib Elias-PMDB, é um dos que foi contra a proposta e explica o porquê: “Eu vejo isso com extrema dificuldade, vai criar problemas sérios para os empregadores, empresas privadas e setor público. Como que existe um salário regido pelo governo federal de 780 e dentro do estado de 950?”, declara.
Outro ala da casa, no entanto, vê com bons olhos a possibilidade, caso do deputado Humberto Aidar-PT, que elogia o projeto: “Torço para que isso aconteça e vá à diante em Goiás. Será um ponto marcado pelo governador do estado. Nós (PT) defendemos com unhas e dentes os trabalhadores, sem dúvida, seria interessante e teria destaque nacional”, comenta.
Por conta da grande divergência de opiniões e a ausência temporário do governador Marconi Perillo, que viaja aos Estados Unidos à serviço, o projeto está proibido de tramitar. A informação foi dada pelo líder do governo na casa, deputado José Vicci-PSDB, porém, ele garante que o projeto será discutido posteriormente, assim que o governador Marconi Perillo estiver de volta ao estado.
Há também a preocupação de que o projeto possa ser avaliado como inconstitucional, já que vigora no Brasil o salário mínimo nacional, estabelecido pelo governo federal.
*Com informações de Mirelle Irene
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