O projeto Eu Cidadão, elaborado pela socióloga, especialista em políticas públicas e ensino interdisciplinar em infância e direitos humanos, foi um dos vencedores do projeto Embaixadores da Cidadania, apoiado pelo Sistema Sagres. O projeto prevê a tradução de conceitos como cidadania, ética, direitos humanos e direitos e deveres para uma linguagem mais acessível a jovens que hoje estão no sistema socioeducativo.

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior, a socióloga explicou que poderia dizer aos adolescentes que Adorno defende que uma formação educacional a uma autonomia e uma auto reflexão é o caminho para uma mudança social positiva e emancipação do cidadão. No entanto, Maria Olinta analisa que se disser dessa forma, eles podem não compreender. “Agora, se eu fizer com uma linguagem acessiva, com jogos, com dinâmicas, que eles participem efetivamente, eles vão entender e começar a praticar a cidadania no dia a dia”.

A socióloga conta que tudo começou quando ela decidiu responder uma consulta pública sobre o código de ética do servidor público. Após a participação na pesquisa, um email foi enviado para ela, com a descrição do projeto Embaixadores da Cidadania, que Maria considerou muito interessante por ser algo com capacidade de aproximar o cidadão do poder público.

No sistema socioeducativo, a socióloga afirmou que que há uma certa dificuldade em trabalhar temas como cidadania, éticas e direitos e deveres com os jovens. Segundo ela, os adolescentes no local, em sua maioria, “não têm acesso aos mínimos sociais”, além de terem um histórico de exclusão muito grande. Por isso ela propõe uma estrutura “mais lúdica e com linguagem mais acessível para envolver o adolescente e para despertar nele o interesse em ser um cidadão de forma efetiva”.

Confira a entrevista na íntegra a partir de 1h15m