A Comissão de Educação do Senado realizou audiência pública, nessa quarta-feira (28), em Brasília, para discutir um projeto de lei do Senador Alfredo Nascimento (PR-AM), que quer fixar um limite para o número de mandatos de presidentes de federações e confederações esportivas no Brasil.
O evento contou com a participação do deputado federal Romário (PSB-RJ), do ex-jogador de futebol Raí, da ex-jogadora de basquete Hortência e da ex-jogadora de vôlei, Ana Moser.
O senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), em discurso durante a audiência, afirmou que o esporte nacional está atrasado, em relação à organização administrativa, devido à perpetuação de dirigentes no comando. Segundo o psdebista, o número de dois mandatos deve ser o limite.
Para o senador Ivo Cassol (PP-RO), os cartolas comandam as federações e confederações por longos períodos em troca de algo. De acordo com ele, a perpetuação se dá mediante a troca de favores, privilégios e regalias. “Essa mudança nas regras é fundamental para a renovação do esporte no Brasil e também nos estados,” defende o pepista.
Atualmente, não existe limite para o número de mandatos dos presidentes de federações e confederações esportivas no Brasil. Os longos períodos a frente das entidades são quase uma regra no país. Ricardo Teixeira comandou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por 23 anos. Carlos Arthur Nuzman está à frente com Comitê Olímpico Brasileiro há cinco mandatos.