Três entidades levaram mais de 360 quilos de tampinhas para o projeto (Foto: Reprodução/Sagres TV)
Uma kombi ficou cheia de tampinhas plásticas que juntaram os familiares e os mais de 400 alunos do Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência ao Encefalopata (Corae). A diretora social Leonile Porta Cattini conta que, nas últimas semanas toda a comunidade se envolveu para juntar as tampinhas. Quem também juntou tampinhas foi a ASDOW, que atende 400 pessoas com Síndrome de Down, e o Centro de Educação Infantil Nossa Senhora de Nazaré, do Setor Sol Nascente, que funciona em tempo integral. As tampinhas dos 120 alunos encheram porta-malas de dois carros.
Na natureza, tampinhas plásticas levariam mais de 100 anos para se decompor ou iriam lotar ainda mais os aterros sanitários. No projeto, serão recicladas e transformadas em sacos para lixo, sacolas e paletes. Segundo Bruno Beraldi, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Goiás (Simplago), o projeto beneficia as entidades filantrópicas, o meio ambiente e também ajuda a formar nas crianças a conciência sobre a importância da reciclagem.
No mercado, em geral, o quilo de tampinha custa R$ 0,50 ou no máximo R$ 0,80 centavos. Já no projeto Tampinha Legal, é pago bem mais: R$ 2,00 por quilo, e o valor integral vai para as entidades filantrópicas, que sobrevivem do dinheiro de convênios com o Governo e principalmente com doações. “Pagamos mais para estimular a participação”, diz Marcelo Carneiro, diretor da empresa Bom Lixo, que é parceira do projeto e responsável pela reciclagem das tampinhas.
Sete entidades filantrópicas se cadastraram no projeto. Três delas levaram as tampinhas na sexta-feira, que foi o dia da primeira pesagem, e juntas, as três entidades somaram quase 364 quilos de tampinhas. Um total de R$ 727,00. O recorde foi do Corae, que ficou com R$ 340,00. Dinheiro que já tem destino certo. Leonille Porta Cattini disse que o valor vai ajudar na reforma do telhado, que caiu há alguns dias.
No Brasil, o projeto Tampinha Legal foi criado há três anos, e agora está sendo implantado em Goiás pelo Simplago, com apoio das empresas Grafigel e Bom Lixo. Pelo site tampinhalegal.com.br novas entidades filantrópicas podem se cadastrar e é posivel conferir pontos de coleta. A meta do projeto é ambiciosa. “Juntar cinco toneladas por mês, o que dá um total de 10 mil reais, que serão divididos para as entidades”, diz Bruno Beraldi, presidente do Simplago.
Confira a reportagem de Silas Santos
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