Um projeto de lei, apresentado pelo senador do Acre, Aníbal Diniz (PT), pode salvar muitos clubes que disputam os campeonatos nacionais no futebol brasileiro. O senador propôs que clubes que disputam a Série B, C e D recebam uma porcentagem da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal, que salvaria muitos times à beira da falência.
O projeto (PLS 301/2013) prevê que 3% da arrecadação total das loterias da CEF sejam destinadas a esses clubes, da seguinte forma: 1,2%, distribuídos de forma igual, para times da Série B, 1% da mesma forma para times da Série C e 0,8% para times da Série D. As comissões da Educação, Cultura e Esporte (CE) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado irão avaliar o projeto de forma inicial.
Os clubes da Série A não seriam incluídos por já possuírem uma maior concentração do mercado nacional do esporte nos 20 clubes, apesar de que apenas 10 deles determinam a elite do esporte. O senador Aníbal Diniz acredita que, apesar de parecer um percentual baixo, as quantias arrecadadas para esses clubes resultariam em um alívio financeiro para muitas equipes. E isso é verdade.
No ano passado, as loterias da Caixa Econômica Federal arrecadaram, ao longo do ano, R$10.490.068.380,98, o que daria mais de R$125 milhões para os times da Série B. Isso, no caso do Atlético, representante goiano nessa edição, resultaria em R$600 mil por mês, o que ajudaria bastante a equipe, que vive uma crise financeira em 2013.
Na Série C, os clubes teriam R$100 milhões a disposição e cada clube receberia R$500 mil por mês, quantia que para o Vila Nova e o CRAC fariam toda a diferença. No Vila, por exemplo, a quantia pagaria a folha salarial do time e funcionários e o montante arrecadado com patrocínios e bilheteria serviriam para investimentos. Na Série D, cada equipe teria R$200 mil reais por mês, algo diferencial para Goianésia e Aparecidense.