Estimular desde cedo o empoderamento feminino por meio do empreendedorismo. Este é apenas um dos objetivos do Projeto Womp, realizado pela Rede Pró-Aprendiz em parceria com o Sebrae, Fundação Pan-americana para o Desenvolvimento e o Grupo Executivo de enfrentamento às Drogas (GEED).
O município de Aparecida de Goiânia é pioneiro no projeto. Na última semana, foi aberta a primeira turma de jovens adolescentes, no Womp, cujo curso, com duas turmas de 40 adolescentes cada, tem duração de cinco meses. No quadro Mulher em Destaque do programa Cidadania em Destaque, desta segunda-feira (21), a jovem aprendiz Midilene Ladislau relata como o curso vem sendo determinante para sua escolha pelo caminho do empreendedorismo.
Ouça as entrevistas na íntegra
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“Antes do curso, eu não tinha interesse, mas, a partir do primeiro contato que a gente teve na quinta-feira (17), já mudou minha mente. O que me deixou ainda mais entusiasmada foi no momento em que o instrutor falou que a nossa turma é a primeira do Brasil. Então somos as primeiras 80 jovens que estamos com essa oportunidade de visão de empreendedorismo”, conta.
O curso vem sendo ministrado pelos professores Vandré H. Sales e Paolo Petrelli, e visa oportunizar o ingresso ao empreendedorismo a jovens em situação de vulnerabilidade social. A também jovem aprendiz Ana Caroline conta que ficou empolgada logo no primeiro dia de trabalho junto ao Projeto Womp.
“É uma oportunidade muito boa que o Sebrae está dando para a gente, em parceria com a Renapsi. Logo quando tivemos o primeiro contato já mudou totalmente a nossa visão e a empolgação que os professores passam na aula, é tudo muito diferente”, ressalta.
Para a jovem aprendiz Geovanna Gomes, a experiência no projeto traz ótimas expectativas. “Está sendo bem bacana. Tenho certeza que, depois que terminarmos o curso, as nossas ideias vão se ampliar. Nossa visão será diferente, está sendo muito importante esse curso. É uma ótima oportunidade”, relata.
A coordenadora pedagógica da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), Suzane Aryel, afirma que a busca é por resultados positivos e que ajudem a mudar a realidade social das participantes. “É uma reponsabilidade que nós temos de fazer com essas meninas tenham um resultado positivo, que vai ser de grande valia, e também ter a convicção de que vai continuar”, destaca.
Combate às drogas
A diretora geral do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (GEED) e presidente estadual do Conselho de Políticas Sobre Drogas, Ivânia Alves Fernandes, explica que o projeto pode vir também a evitar que muitas adolescentes ingressem no mundo das drogas por influência dos parceiros.
“Por mais que se tenha essa vivência diária, contínua, com alguma pessoa que infelizmente pode estar no mundo das drogas, ela não precisa seguir. Ela pode ter a vida dela e ser o ponto forte, o esteio que a mulher sempre foi e levá-lo para uma vida saudável, e não ela entrar no mundo dele. Esse é o nosso grande propósito. Não é falar sobre drogas, é mostrar o poder que cada adolescente tem ao construir uma proposta decente de vida”, analisa.