Promessa em comum da maioria dos candidatos ao governo de Goiás, o passe livre para estudantes pode custar caro aos demais usuários. Mais de 120 mil estudantes estão cadastrados e ativos, o que gera um gasto mensal de R$ 3,2 milhões de subsídios.
Tal valor pode ser repassado ao Estado caso o passe livre estudantil seja implantado. O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Marcos Massad, se mostrou aberto à ideia, mas defende que os valores sejam realmente custeados pelo Estado, e não repassados aos demais usuários.
“O próximo governador, se vier a dar passe livre para o estudante, que ele vá ao Setransp e compre a meia passagem e doe ao estudante, talvez aqueles mais necessitados, ou todos, da forma que ele quiser”, declarou, em entrevista à RÁDIO 730.
Os estudantes representam 12% da demanda mensal, que é de cerca de 850 mil usuários. Na tarifa atual já estão inclusos os valores no passe livre de idosos e deficientes.
“Não sou contra, sou favorável. Acho que pessoa acima de 65 anos tem que ter o seu direito sim, acho que o portador de necessidades especiais tem que ter o seu direito sim”, comentou Marcos Massad.
“Agora, se quer dar passe livre, pode dar, mas que vai pesar ao governo do Estado, ao governo federal, a quem quer que seja, que venha a pagar esse custo, e que não deixe em cima do usuário do transporte coletivo”, concluiu o presidente da CMTC.