O relator da proposta de reforma política em elaboração na câmara federal, deputado do PMDB do Piauí, Marcelo Castro, participou de seminário, na Assembléia Legislativa de Goiás, para falar sobre esse tema.
O deputado está visitando várias cidades do país, para expor suas ideias a respeito da proposta da reforma política no Brasil e ele explica as principais discussões entre os parlamentares nesse assunto. “Os pontos de maior convergência são a coincidência das eleições; o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente; o mandato de 5 anos para todos os cargos, inclusive de senador, e a proibição de coligações proporcionais. Já os pontos de maior divergência são o modelo de financiamento de campanhas e também o sistema eleitoral (maneira de se votar e a maneira de apurar os votos para transformar os votos em cadeiras)”.
O evento foi uma iniciativa do deputado federal do PMDB de Goiás, Daniel Vilela. De acordo com o parlamentar, esse é o momento de se fazer uma reforma política no país. “Até pela situação que o país passa, com crise política, crise ética, crise de relação entre a iniciativa privada e os partidos políticos. Temos de entender que essa crise é também uma oportunidade de mudança, que a sociedade vem cobrando do sistema político brasileiro”.
O deputado Fábio Sousa, do PSDB, que também esteve no evento, acredita que o processo político brasileiro necessita de mudanças. “É um processo caro, em que você vota em uma pessoa para eleger outra. Isso tem de ser mudado, até porque a população já não concorda com isso”.
Outra mudança proposta pelo relator na reforma política, é a forma de financiamento das campanhas eleitorais dos partidos. O deputado federal Rubens Otoni, do PT,acredita que o dinheiro não pode influenciar as eleições no brasil. “Existe o sentimento geral de que precisamos arrumar uma forma de diminuir a influência do poder econômico na eleição dos nossos representantes”.
*Com informações de Jerônimo Junio