O PSDB, em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (17), criticou o uso político da CPI do Cachoeira pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e reiterou apoio ao governador de Goiás, Marconi Perillo.

“O PT, o ex-presidente Lula e José Dirceu tentam transformar a CPI em uma operação contra Perillo para desviar o foco do mensalão. Na Comissão, não se investiga. É uma fraude”, disse o presidente da legenda, deputado federal Sérgio Guerra (PE). Ele ressaltou que o governador tem todo respaldo do partido, que está unido em sua defesa, contra o direcionamento e a parcialidade que o PT.

Ainda segundo Guerra, o desespero dos petistas aumenta com os maus resultados nas pesquisas para as eleições municipais deste ano e com a proximidade do julgamento do Mensalão. “Não sabem conviver com a democracia”, completou.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), também participou da coletiva e apresentou dados que comprovam o direcionamento do PT na CPI. Segundo o senador, do total de verbas que o governo federal repassou à Delta Construtora, somente 6,7% foram para localidades administradas pelo PSDB. Esse número para o PR, por exemplo, salta para 45,6%. Mesmo assim, até agora, 52% das testemunhas ouvidas pela Comissão têm algum tipo de relação com Marconi Perillo.

Já o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), integrante da Comissão, destacou que já participou de várias CPIs, mas nunca havia presenciado uma estratégia tão agressiva de manipulação como a que o PT utiliza agora.

“O fato de os petistas que estão no comando da CPI afirmarem que o governador Marconi Perillo será indiciado antes mesmo do fim das investigações é um desrespeito à democracia e à própria estrutura da CPI”, concluiu o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE).

Representação

O PSDB entrou com uma representação no Ministério Público Eleitoral contra a Central Única dos Trabalhadores (CUT), nessa terça-feira (17), porque, durante a sua posse, o novo presidente, Vagner Freitas, disse que mobilizaria os integrantes da organização para defender os réus no processo do “mensalão”, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal no próximo mês.