A candidata à prefeitura de Goiânia pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Manu Jacob, disse em entrevista à Sagres 730 nesta terça-feira (22), que o PSOL não é um partido eleitoreiro, que se organiza apenas em momentos de eleição, mas sim, um partido que participa de movimentos sociais e estudantis, além de mobilizações focadas nas categorias dos trabalhares. Manu reforçou que as eleições é um momento muito importante, mas não é o único e nem o principal.

“O nosso partido não se organiza somente em momentos de eleição, a nossa vitória, que temos cotidianamente, não é focada em ganhar eleição, até porque a gente entende que o sistema eleitoral tem vários problemas”, considerou. “Digamos que o PSOL não é um partido eleitoreiro, que trabalha somente para ganhar eleição, nós temos intervenção em vários movimentos sociais e temos várias vitórias no cotidiano desse processo”, completou.

Hemanuelle Di Lara Siqueira Jacob, conhecida como Manu Jacob, tem 34 anos, é negra, ativista de direitos humanos, feminista e professora há 14 anos na Educação Básica da Rede Estadual de Ensino em Goiânia. À Sagres, a candidata explicou que sua trajetória política começou quando era estudante da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Foi quando eu entrei em contato direto com as problematizações das desigualdades sociais. O que sempre me incomodou muito, e quando me perguntam porque estou na política, a resposta sempre é essa, a questão da desigualdade sempre mexeu comigo”, afirmou.

Manu participa do coletivo MPG (Mobilização dos Professores do Estado de Goiás) de enfrentamento e luta pela carreira, luta pela educação pública, gratuita e de qualidade, e também de aprimoramento, troca de experiências e didáticas pedagógicas, explicou. “Foi no PSOL que eu tive a oportunidade de ampliar horizontes políticos, a partir das demandas específicas, principalmente, dos professores”.

O PSOL tinha duas pré-candidatas a prefeita de Goiânia, Manu Jacob e Mariana Lopes. De acordo com a candidata, após prévias no partido foi escolhido seu nome para a disputa. “Nós passamos por prévias, e o meu nome foi indicado. Nós estamos fazendo vários diálogos, principalmente com movimentos sociais, para construir o nosso programa que queremos apresentar passa a cidade”.